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Exportação de petróleo do Brasil bate recorde em fevereiro pelo segundo mês seguido As exportações de petróleo do Brasil bateram recorde histórico em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, com volume quase duas vezes maior do que o registado no mesmo mês de 2016, devido ao impulso do forte crescimento da produção da commodity nas áreas do pré-sal. No segundo mês do ano, as vendas externas de petróleo do país somaram 6,23 milhões de toneladas, alta de 94 por cento ante fevereiro de 2016 e avanço de 12 por cento em relação a janeiro deste ano, mostraram dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O forte crescimento pode ser explicado pela evolução da produção nas áreas do pré-sal. Segundo os últimos dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de petróleo do Brasil somou em janeiro 2,687 milhões de barris por dia (bpd), alta de 14,2 por cento ante um ano antes, sendo que do total produzido, 47 por cento saiu do pré-sal, ante 35 por cento em janeiro de 2016. A receita do Brasil com as exportações de petróleo em fevereiro, por sua vez, quadruplicou em relação ao mesmo mês de 2016 e avançou 17 por cento ante janeiro, para 2,073 bilhões de dólares, com a recuperação dos preços do barril de petróleo e também devido a melhoria da qualidade da commodity produzida no Brasil. Em entrevista à Reuters por e-mail no mês passado, o gerente-executivo de Logística de Refino e Gás Natural da Petrobras, Cláudio Mastella, destacou que o petróleo do pré-sal costuma ter um maior valor comercial. O petróleo do pré-sal, mais leve do que a média histórica brasileira, proporciona maior rendimento de derivados de maior valor agregado, como gasolina, diesel e querosene de aviação. Além da Petrobras, estão entre os principais produtores no pré-sal a Shell --que após a aquisição da BG passou a responder por 10 por cento da extração nacional de petróleo--, a Petrogal, da Galp, e a sino-espanhola Repsol Sinopec. As companhias estão agora competindo mais agressivamente para ganhar participação de mercado na Costa Leste dos EUA, assim como em países como China, Índia, Malásia, Cingapura e Espanha, de acordo com dados da Reuters Trade Flows. Os novos tipos de petróleo do Brasil também tomaram o lugar de alguns petróleos médios africanos em mercados como o Peru, Uruguai e Chile, de acordo com os dados.
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