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Atlanticeagle Shipbuilding na corrida à Cabnave

A empresa portuguesa Atlanticeagle Shipbuilding está interessada na privatização da Cabnave. A informação foi avançada em exclusivo à última edição do Panorama 3.0, da Rádio Morabeza, pelo CEO da empresa de construção e reparação naval, Joaquim Peres.

 

O responsável, que esteve presente na Feira Internacional de Cabo Verde, em São Vicente, afirma que, para já, o interesse passa por assumir a gestão da empresa.

“É óbvio que a Cabnave é um estaleiro que tem óptimas condições de infra-estruturas, está muito bem localizado, em termos da nossa estratégia faz todo o sentido termos uma palavra a dizer. Só que depende muito dos termos em que essa privatização for feita. Se me disser se estamos interessados em fazer um contrato de gestão, digo-lhe já que sim”, posiciona-se.

“Se estivermos a falar de uma compra pura e dura das infra-estruturas, tudo depende das condições, dos parceiros que conseguirmos encontrar, nomeadamente parceiros financeiros”, acrescenta.

Para além da actividade de reparação, que já existe, Joaquim Peres quer dar um novo dinamismo aos Estaleiros Navais de Cabo Verde, nomeadamente com a construção naval.

“Eventualmente, com alguns investimentos também se pode fazer aqui algumas construções e começar com a actividade de construção. Estamos atentos a ela [Cabnave]. Sei das potencialidades que tem a Cabnave e, de facto, é uma pena que não possa ter um dinamismo diferente” diz.

O processo de privatização da empresa de manutenção naval está em suspenso, depois de o actual Governo ter optado pelo cancelamento do concurso internacional que tinha sido lançado para o efeito. Joaquim Peres garante que já teve vários contactos com a Cabo Verde TradeInvest.

“Este ano é a sexta vez que venho a Cabo Verde e portanto tenho falado sistematicamente. Ainda no final da semana passada tive contacto com a presidente da TradeInvest e manifestámos mais uma vez o nosso interesse”, afirma.

A posição estratégica dos estaleiros navais de Cabo Verde é um aliciante realçado por Joaquim Peres, que ambiciona reposicionar a empresa, para que tenha uma postura agressiva no mercado.

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