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Pescas 

Suspensa a exportação de pescados brasileiros para a União Europeia

Para evitar decisão unilateral pela União Europeia de suspensão da importação de pescados do Brasil, devido a condições deficientes de instalações industriais e de manuseio, bem como nas embarcações, verificados durante vistoria europeia efetuada em setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil anunciou dia 26 a suspensão, que entra em vigor dia 3 de janeiro, por tempo indeterminado.

De acordo com o Ministério da Agricultura, em 2016, o Brasil exportou US$ 33,1 milhões de dólares em pescados. Até 30 de novembro, as exportações somavam US$ 21,8 milhões. Tamboril e lagostas estão entre os pescados de origem brasileira mais importados pela UE.

A suspensão foi anunciada pelo governo brasileiro com o objetivo de evitar a possível suspensão unilateral pela União Europeia (UE) e ter uma posição mais favorável para retomar as exportações assim que os problemas relatados sejam resolvidos, informa a Agência Brasil.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Agricultura busca formas de implementar a colaboração com outros órgãos públicos para inspeção sanitária nas embarcações, item bastante criticado pela União Europeia.

Segundo a pasta, as autoridades sanitárias europeias entendem que os pescados fazem parte de um único contexto, independentemente de serem peixes de captura ou espécies de cultivo. A auditoria da União Europeia concentrou-se nas indústrias que processavam o pescado de captura para exportação.

O Ministério da Agricultura informou, entretanto, que irá solicitar à UE a separação das exigências sanitárias dos peixes de captura dos de aquicultura. O governo brasileiro entende que são matrizes diferentes, com contaminantes e riscos diferente, e não podem ser tratados da mesma maneira.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, a defesa agropecuária sempre deu atenção aos pescados tanto do ponto de vista sanitário quanto de saúde pública, mas este ainda é um setor heterogêneo. “O mercado do pescado precisa amadurecer nas questões de qualidade, garantias e respeito internacional, status obtido pelas demais carnes exportadas pelo Brasil”, disse, em nota.

Rangel conversou sobre as medidas com representantes da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe Br) e das empresas Geneseas e Netuno. Ainda não há data para a retomada da exportação de pescado.

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