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Arquipélagos da Macaronésia juntos em projectos de valorização das algas marinhas Cabo Verde, Açores, Madeira e Canárias integram um projecto que pretende valorizar o uso das algas marinhas em áreas tão distintas como a agricultura ou o combate ao envelhecimento. À margem de um encontro que reuniu vários especialistas em Ponta Delgada, na Universidade dos Açores, a investigadora e coordenadora da equipa açoriana, Maria do Carmo Barreto, disse aos jornalistas que o projecto Macbioblue, que envolve ainda entidades da Mauritânia e do Senegal, surgiu na sequência de outros, relacionados "com o aproveitamento de algas para fins medicamentosos e outro tipo de finalidades". "Temos aqui grupos muito diferentes. Há pessoas especializadas em agricultura e está-se a pensar utilizar algas para fertilizantes e para estimuladores de crescimento, há bastantes trabalhos já feitos sobre isso, temos aqui um grupo de investigações agrárias das Canárias. A nossa parte [Universidade dos Açores] tem mais a ver com procurar compostos das algas que ajudem a combater o envelhecimento, mas também doenças como o cancro, infeciosas, entre outras", disse. Maria do Carmo Barreto reconheceu que as algas estão na moda e que integram cada vez mais a cadeia alimentar devido aos ácidos gordos, benéficos para a saúde. Na Europa, indicou, cerca de duas dezenas de algas "estão aprovadas" para consumo. Rafael Zarate, da Fundação Canária do Instituto Canário de Investigação do Cancro, assumiu que tem sido feita uma "grande aposta e investimento" na chamada "economia azul", ou seja, a economia do mar, sendo necessárias mais empresas envolvidas nesta área. O conjunto formado pelos arquipélagos dos Açores, Madeira, Cabo Verde e Canárias (Espanha) é denominado por Macaronésia.
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