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Canal do Panamá cada vez mais atractivo para o GNL

A América Central e as Caraíbas estão a adquirir um papel cada vez mais importante no transporte do gás natural liquefeito (GNL) pelo Canal do Panamá, refere o World Maritime News, destacando o Perú e a Trindade e Tobago como principais exportadores do produto desta região.

No ano fiscal de 2018 (entre 1 de Abril de 2017 e 31 de Março deste ano), transitaram pelo canal 575.529 toneladas de GNL do Perú para a Europa e 1.340.396 toneladas de Trindade e Tobago para a Ásia, Chile e costa ocidental do México, segundo dados fornecidos pela Autoridade do Canal do Panamá (ACP), refere o jornal. Juntos, os dois países movimentaram quase 1/5 de todo o GNL que cruzou o canal durante este período.

O jornal cita exemplos que ajudam a perceber o motivo do fenómeno: um navio de GNL que parta de Trindade e Tobago, nas Caraíbas, rumo ao Chile, poupa mais de seis dias navegando pelo canal do que por outras rotas; e um navio que parta do Perú para Espanha pode poupar oito dias em cada viagem.

Por outro lado, os importadores da América Central e Caraíbas, designadamente do México, estão a colher benefícios da possibilidade recentemente descoberta de receberem GNL proveniente da rota do canal. Atentos a esta possibilidade, estão também os exportadores dos Estados Unidos e os importadores do Chile.

Neste contexto, o administrador da ACO, Jorge Quijano, citado pelo jornal, já referiu que o volume de GNL actualmente movimentado pelo Canal do Panamá deverá crescer cinco vezes até 2020. Só as exportações de GNL dos Estados Unidos por aquela via devem atingir 11 milhões de toneladas este ano, com perspectivas de aumentarem para 20 milhões em 2019.

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