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MACAU - CHINA 

Empresas privadas da China cada vez mais interessadas em África

As empresas privadas da China têm mostrado um interesse crescente em expandir os seus negócios em África, escreve a agência noticiosa Xinhua citando empresários que participaram num recente encontro económico sino-africano.

A Cimeira de Cooperação do Sector Privado China-África, que decorreu em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, contou com a participação de mais de 300 representantes de governos, empresas privadas e instituições de pesquisa da China e de África.

A Xinhua informou que Zhejiang é a base de muitas das empresas privadas mais bem- sucedidas da China, casos da Alibaba e Netease, que representaram em 2017 quase dois terços do Produto Interno Bruto da província.

“A cooperação entre a China e África apresenta uma oportunidade para os empresários”, disse Jack Ma, presidente do Alibaba Group, tendo mencionado a Internet e o comércio electrónico como áreas em que os empresários podem desempenhar um papel importante.

Wang Jianyi, presidente do grupo Futong, com sede em Hangzhou, previu que cerca de 150 mil quilómetros de cabos ópticos serão instalados em África nos próximos 15 a 20 anos, “negócio que terá um valor de centenas de milhares de milhões de dólares.”

O grupo Futong é uma das 500 maiores empresas privadas da China em 2017 e líder no fornecimento de cabos e fibras ópticas no país, estando já presente em África, nomeadamente no Quénia, Nigéria, Seicheles e Angola.

Estatísticas do Ministério do Comércio da China revelam que o comércio entre a China e a África atingiu 170 mil milhões de dólares em 2017, um aumento anual de 14,1%.

Nesse ano a China colocou produtos em África no valor de 94,74 mil milhões de dólares, um acréscimo anual de 2,7%, tendo as importações aumentado 32,8% para atingir 75,26 mil milhões de dólares. (Macauhub)