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Oceanos absorvem mais 60% de energia anualmente do que o referido em 2014 De acordo com estudos da Universidade de Princeton e do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia, em San Diego, durante o último quarto de século o oceano absorveu anualmente uma quantidade de energia 150 vezes superior à energia eléctrica produzida pelos seres humanos, avança o Safety4Sea. Segundo investigadores, este fenómeno deve-se ao facto de a terra ser mais sensível às emissões de combustíveis fósseis do que se julgava pelo que, segundo apuraram, os oceanos do planeta consumiram mais de 13 Zettajoules de energia térmica por ano, entre 1991 e 2016. Assim, o calor que os oceanos absorveram atingiu mais de 60% de energia anual nestes últimos quatro anos do que no último relatório de Alterações Climáticas de 2014 do Painel Intergovernamental das Nações Unidas (IPCC), explica a Professora de Geociências de Princeton, Laure Resplandy. “Se o oceano tivesse apenas 9 metros de profundidade, os nossos dados mostram que teria aquecido 6,5 graus Celsius por década, desde 1991. Em comparação com a estimativa do último relatório de avaliação do IPCC, corresponderia a um aquecimento de apenas 4 graus Celsius por década”, conclui Laure Resplandy. Além disso, os investigadores acreditam que o oceano absorve mais de 90% de todo o excesso de energia produzido à medida que a Terra aquece. Assim, Ralph Keeling, geofísico do Scripps Institute of Oceanography, afirma que agora é fácil estimar o aquecimento da superfície. Estimativas que se acredita servirem para diminuir a sensibilidade climática, especialmente usada para avaliar as emissões permitidas para levar adiante estratégias de mitigação. Pelo que o estudo financiado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica e o Instituto Ambiental de Princeton e Resplandy e Keeling, conclui que se as temperaturas médias globais excederem os níveis pré-industriais em 2 graus Celcius, a sociedade enfrentará graves consequências de alterações climáticas.
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