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História | ||
Diversão a bordo A tensão na rotina das caravelas era amenizada em algumas ocasiões especiais. Os padres embarcados encarregavam-se de actuar como apaziguadores dos ânimos da tripulação, usando as comemorações religiosas para canalizar as atenções em prol da vida espiritual. As festas tinham a função de entrosar os participantes. Além disso, celebrar um dia santificado era uma tentativa de domar as forças da natureza, expressas nas calmarias e tempestades, uma busca de protecção contra as intempéries. As missas eram rezadas, seguidas de procissão pelo apertado convés e uma festa com representação teatral, sempre com temas religiosos enaltecendo aspectos morais e cristãos. Os atores eram os próprios tripulantes. Quando havia comida disponível, um banquete era oferecido, dentro das limitadas opções de preparo de delícias. Tudo isso era acompanhado com danças e músicas. Além destas festas, o divertimento a bordo estava restrito a jogos de azar, principalmente usando cartas. A prática era condenada pelos clérigos, mas tolerada e estimulada pelos oficiais, pois amenizava os conflitos e brigas entre os marujos. Fábio Pestana Ramos
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