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RIO DE JANEIRO, BRASIL

CDRJ mostra potencial de negócios durante Sudeste Export

A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) marcou presença no Sudeste Export, Fórum Regional de Logística e Infraestrutura Portuária que reuniu os principais nomes do setor, em São Paulo. O evento, organizado pelo Fórum Brasil Export e realizado tanto de forma presencial como também digital, com a transmissão via Zoom, contou com a participação do diretor de Relações com o Mercado e Planejamento da CDRJ, Jean Paulo Castro e Silva.

Durante sua apresentação no ‘Momento CDRJ’, o diretor mostrou os recentes investimentos e realizações da companhia, bem como as oportunidades de negócios nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis. Jean Paulo enfatizou que “o Porto de Itaguaí é o principal porto público em movimentação de minério do país e a CDRJ é a segunda Autoridade Portuária em movimentação de carga, participando com 13% do comércio exterior do Brasil”.

Ao falar sobre infraestrutura de acesso, o diretor ressaltou que a conectividade dos portos é bastante competitiva: “O Porto de Itaguaí tem um acesso rodoviário privilegiado e o Porto do Rio ganhará, em 2021, a Avenida Portuária, que vai proporcionar a ligação direta da Avenida Brasil ao porto. Quanto ao acesso ferroviário, a MRS dará maior eficiência à malha dos dois portos. No acesso aquaviário ao Porto do Rio, investimos em sinalização para viabilizar a navegação noturna e, no Porto de Itaguaí, estamos investindo em dragagem de um canal secundário.”

Em termos de tecnologia para melhorar a segurança e a eficiência, Jean Paulo destacou a implantação de alguns projetos, tais como: o Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações (VTMIS); o Port Community System; o Centro de Comando e Controle de Segurança Portuária (CCCSP) e o Centro de Controle Operacional (CCO); e a informatização do controle de acesso de caminhões.

Outras vantagens dos portos do Rio de Janeiro mencionadas pelo diretor foram a queda no índice do roubo de cargas e a redução da carga tributária, com a nova lei de incentivo fiscal do Governo do Estado: “Com todas essas condições de competitividade, logística, segurança, menos custos com impostos e localização estratégica, oferecemos grandes oportunidades para quem quiser investir nos Portos do Rio de Janeiro e Itaguaí”.

Painel do segundo dia debateu desestatização

No segundo dia do evento, ao lado do Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, e de representantes de outras Autoridades Portuárias, o diretor da CDRJ participou do Painel 2 – ‘Os caminhos para a desestatização dos portos da Região Sudeste’. O tema abordou aspectos como o impacto comercial entre os portos da região, os serviços essenciais e a realidade dos modelos internacionais em relação ao Brasil.

Jean Paulo salientou que a CDRJ tem atuado da melhor forma possível, especialmente no saneamento financeiro da empresa, mas pontuou que existem sim problemas no modelo atual da gestão dos portos públicos, que comprometem a eficiência. “Além da dificuldade para contratar e para vender por causa das regras típicas do setor público nacional, não há uma clara separação entre a gestão de estatais e a política aqui no Brasil, como ocorre em outros países onde as estatais são mais eficientes e competitivas”.