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Decréscimo da biomassa afecta sector pesqueiro no Cuanza Sul

O decréscimo da biomassa está a provocar a redução da captura de pescado na província do Cuanza Sul, com um registo actual de 15 mil toneladas por ano, soube a Angop.

Entre a década de 80 e o ano 2000, a pesca marítima registava uma média de captura anual de 300 mil/ano, no Cuanza Sul.

Segundo o chefe do Departamento Provincial de Pescas, Fernando Sanito, que falava à Angop, em 2019 capturou-se 13.142 toneladas de pescado e em 2020 foram 15 mil toneladas.

Já no primeiro semestre de 2021, avançou, a captura foi de 10 mil toneladas de peixe, o que indica que se está longe de se atingir as 300 mil toneladas, devido, sobretudo, ao acentuado decréscimo da biomassa.

O responsável apontou como solução para se inverter o actual quadro, o acesso aos recursos biológicos aquáticos, a introdução de novas técnicas e tecnologias adaptáveis ao processo produtivo pesqueiro, o fortalecimento do sistema de investigação científica e da gestão das pescas.

Paralelamente a isto, frisou, urge a recuperação dos portos pesqueiros, melhorar-se as infra-estruturas de apoio a pesca, desenvolver a indústria de processamento e transformação de pescado e a produção do sal.

Igualmente, ressaltou que deverá desenvolver-se a aquicultura e a formação de quadros especializados, com vista a tornar a actividade pesqueira cada vez mais efectiva em termos de resultados.

O sector conta com 16 empresas e 34 cooperativas, das quais 12 dedicam-se à captura, transformação e comercialização de pescado, e uma frota pesqueira composta por cinco embarcações industriais, três semi-industriais e mais de 860 artesanais.

Sobre o desempenho da aquicultura, Fernando Sanito destacou que, em 2016, capturou-se 211 toneladas de Cacusso (Tilápia) e 26.620 Alevinos (peixinhos) e, já em 2017, tiveram uma produção de 40 toneladas, sendo que a partir de 2018 estes dados têm vindo a diminuir consideravelmente por falta de ração.

Relativamente às unidades salineiras, a província produziu, em 2020, três mil toneladas e 300 quilogramas e no primeiro trimestre deste ano, quatro mil e 193 toneladas.

A província conta com quatro unidades salineiras, das quais três no município de Porto Amboim (duas operacionais e uma em reabilitação), bem como uma no Sumbe que está inoperante.

A província do Cuanza Sul tem uma orla marítima de 178 quilómetros, com potencialidades em pescado, crustáceos e moluscos.

FONTE: Angop