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Guiné Equatorial 

Guiné Equatorial promove o mar como recurso para relançar economias lusófonas

O Embaixador da Guiné Equatorial em Portugal defende a utilização dos recursos do mar como uma solução para os países lusófonos acelerarem o crescimento económico e anunciou várias iniciativas no país sobre este tema.

"A proposta da Guiné Equatorial é a criação de uma zona marítima económica, de segurança, onde os parceiros possam fazer negócios, e daremos vantagens administrativas, logísticas e fiscais", disse Tito Mba Ada (na foto), durante a sua intervenção no Fórum Económico Internacional, com o tema "Que retoma Económica?", que decorreu em Lisboa.

"Em 2023 vamos promover uma nova cultura de negócios, temos de ganhar a cultura da empresa na lusofonia o mundo lusófono domina a economiza azul, mas não estamos a aproveitar bem o mar, que tem economia, investigação, transporte, desporto e alimentação, por isso temos de inovar e a Guiné Equatorial oferece-se para, a partir de lá, oferecer aos empresários que querem fabricar e vender no país, um mercado depois da covid-19", disse o representante do mais recente país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A intervenção do embaixador de Malabo em Lisboa ocorreu pouco depois de o antigo ministro das Finanças de Angola Aguinaldo Jaime ter elencado os três desafios que a maioria dos países africanos, em particular Angola, enfrentam para relançar as economias, afetadas primeiro pelas consequências da pandemia de covid-19, e agora pelos efeitos da invasão da Rússia na Ucrânia.

"Os governos africanos enfrentam três desafios públicos, acrescidos pelo legado económico e social da covid-19, e agora pelas consequências da guerra, que se refletem nas perspetivas de crescimento económico", disse o economista e também antigo governador do banco central angolano.

Para Aguinaldo Jaime, os governos devem procurar uma "sintonia fina entre a política orçamental e a política monetária, já que a estabilização de preços para controlar a inflação, adotando políticas monetárias restritivas, prejudica o crescimento e coloca-nos mais longe dos objetivos do desenvolvimento e desprotege as camadas mais vulneráveis da população".

Além disso, continuou, é necessário garantir um "endividamento prudente" e uma gestão adequada das taxas de câmbio.

"Angola é um país privilegiado porque não é importador de petróleo, é exportador, e a subida do preço fez entrar recursos que não eram esperados no início do ano, mas isso não pode fazer esquecer o objetivo da diversificação, porque o preço do petróleo não fornece estabilidade nem resiliência às finanças públicas", concluiu.

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