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Brasil 

Porto Sudeste, TUP no Brasil, realiza projecto inédito de remoção de rochas submersas

Mais segurança na navegação e redução do tempo de entrada e saída de navios. Estes são os principais benefícios que a retirada de parte da rocha submersa no canal aquaviário de acesso ao Complexo Portuário de Itaguaí, no Rio de Janeiro, Brasil, irá proporcionar às operações que acontecem neste trecho. Implementado pelo TUP Porto Sudeste, o projeto - inédito no mundo - foi liderado pela UMISAN Hidrografia e Engenharia, empresa que desenvolveu uma técnica inovadora de corte subaquático com a utilização de fio diamantado, o que torna o processo, conhecido como derrocagem, mais seguro e sustentável.

Com a finalização do processo, a profundidade do trecho passou de 19,5 metros para 20 metros. Embora tenha arcado com todo o custo da obra, o novo nivelamento beneficia não apenas o Porto Sudeste, mas os demais portos que utilizam o canal, uma vez que a nova medida permite que os navios sejam carregados em sua capacidade total. “Investimos em uma técnica que minimiza os impactos ambientais e não afeta a atividade dos pescadores locais. Realizamos diversos testes para garantir a eficácia e a segurança da operação”, afirma Ulisses Oliveira, diretor de Relações Corporativas e Sustentabilidade do Porto Sudeste.

O projeto foi reconhecido internacionalmente pela segurança e eficiência, recebendo o prêmio na categoria “Safe, Efficient and Secure Port” do “International Harbour Masters Association 2022 Awards”. O evento reúne toda a comunidade marítima mundial e reconhece as contribuições feitas pelos terminais portuários por um mundo melhor e mais seguro.

O aumento do calado operacional da região foi uma solicitação do Governo Federal, por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH). O processo é uma prática comum a seco em jazidas de granito, mas ainda não havia sido realizado de forma submersa em nenhum outro país. A operação foi comandada de uma embarcação, por meio de painéis de controle. Nela, o fio diamantado instalado na máquina de corte submerso percorre a superfície de contato com a rocha, gerando atrito e executando o corte horizontal. Ao final, a rocha é içada até a superfície e posicionada no convés para ser transportada para uma área de despejo pré-definida conforme as normas ambientais.