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Porto do Lobito entrega terminais para dinamizar carga e descarga de mercadorias

O Porto do Lobito vai deixar de funcionar, nos próximos anos, como operador de manuseamento de carga e descarga de contentores, para assumir apenas o papel de fiscalizador e regulador das actividades marítimas e portuárias, com a implementação do programa Senhorio, anunciou, em Luanda, a administradora do Porto do Lobito, Janeth Macana (na foto).

Em entrevista ao Jornal de Angola, no âmbito da participação da empresa portuária na 37ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), que visa reforçar a marca e o posicionamento do Porto do Lobito no mercado nacional e regional, Janeth Macana disse que o Porto do Lobito passará a funcionar como o Porto de Luanda, em que os seus terminais são geridos por operadores privados e de referência internacional.

"O Porto do Lobito passará a fiscalizar, regular a actividade marítima e portuária, bem como passar a fazer um conjunto de acções que são aplicadas aos portos, nomeadamente ao código internacional de protecção de navios e de instalações portuárias, bem como o código internacional para cargas perigosas. Este processo vai passar pela concessão dos terminais polivalentes, através do concurso público já aberto para todos os interessados, que agrega o terminal de contentores e de terminal de carga geral, bem como o mineiro, que está agregado ao concurso do corredor do Lobito”, disse.

De acordo com a administradora para a área Comercial e Operacional, a par do programa de transição das actividades operacionais para agentes privados, denominado "Senhorio”, que vão galvanizar as operações portuárias, o Porto do Lobito, com o retorno do transporte mineiro, temos estado a verificar um aumento em termos de volume de carga transportada da RDC para o Porto do Lobito.

"O volume de carga transportada da RDC para o Porto do Lobito é escoado através do nosso porto em regime de exportação, mas também temos o regime de importação de determinadas matérias-primas que vão para RDC por via do Caminho de Ferro de Benguela. Este ano, continuamos a verificar este aumento ao nível do transporte mineiro”, referiu.

Para além da transportação de produtos mineiros, segundo a administradora, o Porto do Lobito tem igualmente exportado outras mercadorias, como o enxofre, produtos químicos que têm sido transportados para a RDC. "O Porto do Lobito em regimes de importação tem transportado carga alimentar diversa, que incluem cereais e vários outros tipos de granéis, como líquidos, como os combustíveis e gás. Temos também no regime de exportação, determinados produtos que são escoados a partir do Porto do Lobito, como minerais que vêm da região Centro e Sul do país, que são escoados para outros países da Europa, Ásia e índia”, destacou.

Disse que, desde 2008, o Porto do Lobito recebeu, através do projecto de requalificação do governo, equipamentos e infra-estruturas para que contribuam para o aumento de tráfego e na melhoria das operações portuárias. Destes investimentos, acrescentou, a empresária portuária do Lobito tem estado a apostar na manutenção de equipamentos que têm estado a ajudar no aumento do volume de contentores manuseados.

"Nos últimos anos foram igualmente feitos investimentos no capital humano no sentido de dotar aos trabalhadores de conhecimentos de modo a pre- pará-los para as mudanças que se avizinham, sobretudo da passagem de porto operador para Senhorio. Para além deste investimento, o Porto do Lobito apostou também nas tecnologias para a gestão portuária e para processo de facturacao”, referiu.

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