Florestas de algas valeriam mais de 500 mil milhões de dólares por ano

Um artigo publicado na revista Nature Communications estima que o valor agregado por florestas de algas nos litorais à volta do mundo chega a um valor de 500 mil milhões de dólares.

Resultado do estudo de uma equipa internacional de cientistas, a estimativa leva em consideração as funções ecológicas prestadas pelas algas, como remover poluentes da água e servir de habitat para espécies de peixes.

O estudo avaliou seis variedades de algas, conhecidas coletivamente como kelp, e o papel que desempenham no ecossistema marinho. Além de fixar carbono na sua estrutura através da fotossíntese, estas espécies removem azoto e fósforo da água e fornecem abrigo para peixes e outros organismos marinhos.
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Estão localizadas principalmente em áreas polares e de clima temperado. Cerca de 740 milhões de pessoas, quase um décimo da população mundial, vivem a até 50 quilómetros de uma destas florestas. Já no oceano, mais de 1.000 espécies utilizam-nas como abrigo.

Os resultados indicam um valor de 147.000 dólares por hectare de algas anualmente, chegando a um total de 560 mil milhões de dólares quando se considera a área total coberta por estas florestas marinhas ao redor do mundo. O valor é três vezes maior do que estudos anteriores apontavam.

O valor das algas converte-se para a economia quando se olha a variedade de espécies utilizadas para consumo que sobrevivem graças à presença delas. Entre estes animais estão camarões, marisco e variedades de garoupa e bacalhau. Cerca de 900 kg de peixes e frutos do mar pescados por ano seriam provenientes das áreas de kelp.

Se os 500 mil milhões de dólares já são um valor alto, ele poderia subir se o estudo considerasse outros setores em que as algas têm uma contribuição indireta, como o turismo, por protegerem as praias. Especialistas esperam que o resultado encontrado sirva de motivação para a conservação, não apenas das florestas de água, mas do oceano como um todo.

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