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JOSEFA SACKO:

Economia Azul representa oportunidade de transformação sustentável

A Economia Azul representa uma enorme oportunidade para promover a transformação sustentável e enfrentar os desafios impostos pelas alterações climáticas, disse, em Addis Abeba, Etiópia, a comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko (na foto).

A diplomata, que falava na conferência internacional de parceiros sobre a economia azul, defendeu a elaboração de um plano estratégico para o desenvolvimento sustentável, por ser um passo fundamental para se alcançar um futuro próspero e sustentável, em particular para a África.

Segundo Josefa Sacko, um dos desafios significativos que actualmente enfrenta o mundo são as alterações climáticas, que estão a agravar os índices da pobreza e a ameaçar a segurança e o bem-estar das populações.

“Os pequenos Estados insulares em desenvolvimento enfrentam ameaças existenciais resultantes das alterações climáticas. São necessárias, medidas urgentes e decisivas para enfrentar este desafio, e, nesta senda, elogio Cabo Verde por assumir um papel de liderança a este respeito, incluindo a realização da 9ª Conferência sobre Alterações Climáticas e Desenvolvimento em África em 2021, que adoptou a Declaração de Santa Maria”, reconheceu.

A diplomata fez saber que a UA está a prosseguir com a implementação do plano de acção para a recuperação verde e da estratégia de acção para as alterações climáticas e o desenvolvimento resiliente, que colocam grande ênfase nas necessidades dos países insulares em desenvolvimento, criando resiliência em sectores-chave como o turismo, que é fortemente dependente do clima, e promovendo a segurança alimentar através da promoção de uma agricultura inteligente.

Reconheceu que os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento(PEID) estão na linha da frente das catástrofes induzidas pelas alterações climáticas, pelo que, “estamos empenhados em alargar o nosso apoio à redução do risco de catástrofes através do nosso sistema de alerta rápido e de acção rápida da UA.

De acordo com a comissária, a economia azul apresenta uma enorme oportunidade para promover a transformação económica sustentável e enfrentar os desafios impostos pelas alterações climáticas com grande ênfase no papel das mulheres, bem como na promoção da investigação e do desenvolvimento para garantir a transformação e o reforço das capacidades.

“Além disso, à medida que navegamos na actual crise de segurança alimentar, devemos fortalecer os nossos sistemas alimentares azuis, observando que a nossa posição comum Africana sobre segurança alimentar reconheça a importância dos frutos do mar e da pesca na dieta do continente”, sustentou.

Salientou que este ano, a União Africana mobilizou todas as suas atenções para a Zona de Comércio Livre Continental e vai garantir que países geograficamente distantes do continente possam beneficiar da sua visão transformadora.

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