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Portugal e Gana assumem parceria na área da economia azul e da governação dos oceanos

A visita do Presidente do Gana a Portugal, este mês, deverá permitir a assinatura de acordos na área da economia azul e da governação dos oceanos, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros, destacando ainda a relevância política.

João Gomes Cravinho esteve em visita ao Gana acompanhado da ministra da Defesa, Helena Carreiras, que por seu turno anunciou a assinatura de um acordo bilateral na área da defesa, abrangendo áreas como segurança marítima, indústrias de defesa e missões de paz.

Os ministros tiveram reuniões com os seus homólogos, preparando a visita do chefe de Estado ganês, que a Lusa já tinha noticiado, e no final o chefe da diplomacia adiantou que foram abordadas questões nos domínios “político, económico e da segurança”, tanto no quadro bilateral como multilateral.

O ministro sublinhou, em declarações a que a Lusa teve acesso, que a visita de Estado do Presidente Nana Addo Akufo-Addo, em termos políticos, deverá ser “um ponto alto nas relações entre Portugal e o Gana” e houve oportunidade de identificar alguns dos trabalhos que podem vir a concretizar-se” também noutras áreas.

A visita cria o contexto adequado para a assinatura de acordos no domínio económico, sublinhou, revelando que foram discutidos e delineados alguns “nomeadamente em questões como a economia azul e a governação dos oceanos, que são muito relevantes para ambos os países”.

O ministro visitou a comunidade empresarial portuguesa no país africano, que descreveu como “bastante jovem, dinâmica e focada em trazer para o Gana importantes iniciativas económicas portuguesas e capacidade económica”.

Gomes Cravinho realçou ainda a vontade, expressa também pela sua homóloga, Shirley Ayorkor Botchwey, de os dois países trabalharem em conjunto para aproximar as regiões da África Ocidental e da Europa.

Para “enfrentar os desafios que todos enfrentamos, de que todos falamos, todos nós”, frisou, como a instabilidade no mundo em resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia, “instabilidade que é global com um impacto muito forte na Europa, mas com repercussões em todo o mundo e, claro, no continente africano”, referiu.

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