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Comboios do CFM beneficiam produção local e negócios na Matala A segurança, o conforto, maior oferta de transporte de negócios da produção local e os baixos preços no acesso aos comboios do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) levam os comerciantes, turistas e a população da Matala, na Huíla, a optar por esse meio como principal transporte. O impacto na vida da população é visível pelo número de pessoas que todos os dias espera pelas composições do CFM que partem do Lubango ao Cuando Cubango, atravessando os municípios de Quipungo, Matala, Jamba e Cuvango (Huíla), assim como Cuchi e Menongue (Cuando Cubango) em seis viagens semanais. Horácio Paulino, agricultor, faz viagens de comboio para a sua lavra no município do Cuvango e diz-se atraído pelo preço e a possibilidade de transportar grandes quantidades da produção, para além de poupar, tem a oportunidade de parar e descarregar os bens no local de habitação. Arlindo Alberto vive no Cunene e viajou de autocarro até à Matala, de onde seguiu de comboio ao Cuando Cubango, um roteiro, que segundo ele, decidiu fazer com frequência para negócios, por ser barato (quatro mil kz) e seguro. Por sua vez, a comerciante Rosa Adelaide, que leva bens diversos para ser comercializado na província do Cuando Cubango, disse que a sua vida económica está ser proveitosa graças a regularidade das viagens ferroviárias, sendo que alguns produtos são vendidos mesmo no comboio. De acordo com o chefe de estação do CFM na Matala, Joaquim Ovídio António, durante o primeiro trimestre deste ano, os comboios transportaram a partir do município mais de 28 mil passageiros, 348 toneladas de produtos e arrecadou mais de dez milhões de kwanzas. A Matala, com mais de 360 mil habitantes, dista a 180 quilómetros a Leste do Lubango, capital da província da Huíla.
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