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Investimentos no Corredor do Lobito catalisam o sector da Agro-indústria

O administrador financeiro do Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela (PDIC), Luciano Chilembe, mostrou-se satisfeito com o mais recente financiamento de 320 milhões de dólares norte-americanos disponibilizados pelo Grupo dos Sete países mais ricos do mundo, o G7, para projectos no Corredor do Lobito.

No município industrial da Catumbela, em Benguela, estão a ser implantadas fábricas que vão criar vários postos de trabalho.
De acordo com o gestor, o sector dos Transportes tem um árduo trabalho pela frente e é necessário que todos estejam focados nos desafios existentes para a consolidação das reformas no domínio da Agro-indústria e serviços conexos, para que os financiadores tenham cada vez mais confiança.

"A avaliação que a gente faz é positiva, até porque o Corredor do Lobito está situado numa posição estratégica, ele vai desde o Oceano Atlântico até à fronteira, estamos a falar da República da Zâmbia e da República Democrática do Congo. Do PDIC, temos empresas que realizam comércio do que aqui se produz em pequena escala e levam para os dois países. Isto é um sinal que é possível fazer-se negócios”, disse.

"No Planalto Central existem muitas áreas férteis capazes de produzir grandes quantidades de produtos agrícolas e que de comboio podem ser transportadas para o Pólo de Desenvolvimento e as unidades fabris são capazes de muito bem transformar. Os valores do G7 podem em muito contribuir para dinamizar esses projectos”, frisou.

"O Executivo tem trabalhado muito. E, por isso, o nosso país tem vindo a ser reconhecido pelas grandes potências internacionais em facilitar fundos para nos reerguermos e passarmos a ser um bom país de destino, quer para turismo, como para investir. Somos um país com valores deixados pelos nossos ancestrais, por isso lutamos diariamente pelo seu desenvolvimento, pelo seu crescimento económico e social”, reforçou.

O responsável detalhou que existem unidades de produção com ligação aos países vizinhos, sendo uma ligada a materiais de construção e outra ao ramo alimentar.

"Estes são indicadores positivos que nos permitem olhar para uma indústria séria, com autonomia para transformar as matérias-primas que são extraídas e transformadas nos produtos que consumimos no dia-a-dia”, disse.

O administrador afirmou que é necessário que as empresas que tenham a oportunidade de trabalhar com os fundos do G7 tenham uma força de trabalho sólida sem muitas falhas operacionais, usem o financiamento para promover o desenvolvimento sustentável ao longo do Corredor do Lobito.

Aposta na formação

O funcionário público Celestino Malungo defende a necessidade de se apostar na formação técnico-profissional, para que se faça um bom uso dos financiamentos que têm sido alocados para desenvolver o projecto.

Segundo argumentou, a falta de mão-de-obra capacitada, também se torna uma dificuldade, pois a todo momento surgem novas tecnologias que exigem novas habilidades de operação.

"Neste ponto, o papel das instituições de ensino, dos institutos de investigação, das Organizações Não-Governamentais e das empresas, incluindo a agricultura familiar, devem estar alinhados em termos de formação”, disse.

Celestino Malungo alertou para a necessidade das localidades ao longo do Corredor do Lobito apostem em pequenas fábricas para transformar os excedentes resultantes da agricultura familiar, já que "existe muita produção no meio rural”.

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