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Angola 
«CRESCENTE IMPORTâNCIA DA PARCERIA EUA-ANGOLA» SUBLINHADA COM IDA DE BIDEN A LUANDA

Washington muito interessado no Corredor do Lobito

Presidente dos EUA chega a Luanda a 13 de Outubro. Washington muito interessado no Corredor do Lobito, “primeira rede ferroviária transcontinental de acesso livre”, ligando o Atlântico ao Índico.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, encontrou-se com o Presidente angolano, João Lourenço, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, para preparar a visita oficial de Joe Biden a Angola, entre 13 e 15 de Outubro, pouco tempo antes das presidenciais norte-americanas e numa altura em que o seu sucessor na Casa Branca poderá ser Donald Trump, e não a vice-presidente Kamala Harris, que asseguraria uma certa continuidade na política externa norte-americana.

Depois de ter sido recebido pelo seu homólogo na Casa Branca em Novembro de 2023 e de ter participado na cimeira empresarial Estados Unidos-África, no Texas, em Maio, Lourenço vai finalmente receber Biden em Luanda e demonstrar a basculação de Luanda em direcção a Washington afastando-se um pouco da influência de Pequim, ou, como disse em comunicado o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Miller, “a crescente importância da parceria EUA-Angola”.

Segundo o mesmo porta-voz, Blinken e Lourenço conversaram sobre “a importância do Corredor do Lobito para o desenvolvimento da região e o papel fundamental de Angola no processo de paz para o Leste de Angola”. Karine Jean-Pierre, a directora de comunicação da Casa Branca, também se referiu ao Corredor do Lobito no seu comunicado de terça-feira sobre a visita de Biden, sublinhando a importância “de um projecto assinado pela Parceria para as Infra-estruturas e o Investimento Globais (PGI) do G7” que permite fazer “avançar” a “visão conjunta da primeira rede ferroviária transcontinental de acesso livre em África, que começa no Lobito e acabará por ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Índico”.

Biden, que aterrará em Luanda depois de uma visita à Alemanha, vai discutir com Lourenço “uma maior colaboração em prioridades partilhadas”, incluindo o reforço das “parcerias económicas” entre os dois países e “da democracia e do envolvimento cívico" em Angola, bem como “a intensificação da acção em matéria de segurança climática e de transição para as energias limpas” e “o reforço da paz e da segurança”. Angola é considerado um país importante para a estabilidade da África Austral e Central, nomeadamente como mediador para o conflito no Leste da República Democrática do Congo.

“A visita do Presidente a Luanda celebra a evolução das relações entre os EUA e Angola, sublinha o compromisso contínuo dos EUA para com os parceiros africanos e demonstra como a colaboração para resolver desafios partilhados é benéfica para o povo dos EUA e de todo o continente africano”, definiu a porta-voz da Casa Branca em comunicado.

No relato do encontro entre os dois chefes de Estado em Washington, no final de Novembro de 2023, a Casa Branca sublinhava “o significado do investimento económico dos EUA em Angola”, principalmente na “emblemática” obra do Corredor do Lobito, um enorme empreendimento que só nesse ano vira a Administração norte-americana comprometer-se com mais de mil milhões de dólares em financiamento.

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