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Moçambique 
MOÇAMBIQUE

Mapeamento de cargas pode viabilizar navegação costeira

A realização de estudos pormenorizados sobre a origem dos produtos e respectivos pontos de consumo pode ser determinante para a sustentabilidade de investimentos na cabotagem, conforme defende o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala.

A cabotagem é o transporte marítimo de cargas entre portos do mesmo país, através de rotas ao longo da costa, contribuindo para a sustentabilidade do comércio interno.

Intervindo num evento organizado pelo sector privado, o ministro elucidou que em Moçambique existe ambiente favorável para o crescimento da cabotagem, considerando que muitos pontos do país são praticamente inacessíveis por comboio ou carro.

Caso a actividade assuma a posição que se pretende, o seu único concorrente seria o transporte aéreo, que consegue ser o meio que liga o país sem muitos constrangimentos.

“O grande problema da cabotagem é que um navio sai cheio de Maputo para Beira e volta para o ponto inicial sem mercadoria alguma. O preço vai ser, naturalmente, muito alto e a actividade não vai ser competitiva. Mas, se mapearmos todas as cargas que existem em Moçambique e sabermos a origem e destino, isso será um grande incentivo para o sector privado investir neste segmento de transporte”, disse.

O titular da pasta dos Transportes e Comunicações elucidou ainda que o desenvolvimento da cabotagem não deve ser visto como tarefa exclusiva do Governo, mas, sobretudo, do sector privado, considerando que se trata de uma actividade comercial.

“Existem algumas empresas que estão a investir na área. Há uma que está em Mocímboa da Praia (Cabo Delgado), mas ainda não opera na dimensão que nós queremos”, lamentou.

Entretanto, numa outra perspectiva, o ministro Magala reconheceu que, para além do mapeamento da origem e destino dos produtos, há necessidade de, igualmente, apostar-se na construção de mais infra-estruturas, incluindo armazéns.

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