SADC considera Corredor do Lobito importante centro de desenvolvimento

A secretária executiva adjunta para a Integração Regional da SADC, Angele Makombo Ntumba, considerou, na cidade do Lobito, o Corredor do Lobito como um centro de desenvolvimento.

Ao falar na abertura da II Reunião do Comité de Ministros da Agência de Facilitação de Transporte do Corredor do Lobito, Angele Ntumba enfatizou os acordos assinados com a União Europeia, os Estados Unidos, o Banco de Desenvolvimento Africano e a Cooperação de Financiamento Africano, para apoiar o desenvolvimento do Corredor do Lobito.

Salientou que o primeiro ganho é a construção da linha férrea Zâmbia-Lobito, um projecto que vai ligar a Zâmbia à linha férrea entre aquele país e Chingola, a de Benguela a Luacano e à via férrea de Gingobó.

O segundo ganho, salientou, foi quando da Assembleia das Nações Unidas se assinou uma parceria público-privada (um acordo de concessão com Angola e Zâmbia) para construir e transferir a linha férrea Zâmbia- Angola.

Foi também considerado um ganho o movimento de bens pela linha férrea atlântica do Solowezi, via fronteira do Dilolo, entre a República Democrática do Congo e Angola, para o Porto do Lobito.

O apoio do Banco Mundial de mais de 300 milhões de dólares, para desenvolver uma cadeia de valores ao longo do Corredor do Lobito, foi igualmente enaltecido.

Compromisso dos três Chefes de Estado

Angele Makombo Ntumba considerou que a reunião do Comité de Ministros vem dar resposta ao apelo dos três Chefes de Estado (Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia) de acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito.

A reunião recente dos Chefes de Estado de Angola, da República Democrática do Congo e da Zâmbia, assim como do Vice-Presidente da Tanzânia e do Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, realizada em Dezembro do ano passado, demonstrou o mais alto nível de compromisso governamental para forjar parcerias para assegurar de facto o desenvolvimento do Corredor do Lobito.

A criação do Secretariado vai permitir criar os órgãos necessários para colocar o Corredor do Lobito em marcha, garantindo a este órgão supervisionar e coordenar todas as actividades de desenvolvimento da infra-estrura.

Segundo Angele Ntumba, a iniciativa visa assegurar que todas as actividades estejam coordenadas de uma forma coerente, evitando duplicação de trabalhos e assegurar um alto impacto das acções.

Para a responsável, essas estruturas são importantes para coordenar as estratégias de desenvolvimento das infra-estruturas de transporte, comércio, tecnologia, agricultura, mineração, energia, bem como a harmonização de leis e facilitar o comércio, bem como promover cadeias de desenvolvimento, que são os objectivos e ambições dos Estados -membros do Corredor.

Angele Makambo Ntumba reiterou que o Corredor do Lobito esteja em linha com o mandato da SADC, que deriva de vários protocolos no âmbito da estratégia regional de desenvolvimento de 2020, o Plano de Desenvolvimento de Infra-estruturas 2013-2030, a Estratégia de Desenvolvimento da SADC 2015-2063, a Política sobre a Agricultura e Plano de Desenvolvimento Nacional.

“À medida que avançamos rumo aos objectivos comuns regionais e ligações aos mercados, estamos comprometidos a aderir a esses vários protocolos da SADC”, frisou, reafirmando o compromisso de colaborar, inovar e forçar parcerias que “vão contribuir para juntos podermos concretizar as aspirações das estratégias de desenvolvimento da SADC e trazer o desenvolvimento económico sustentável e, no final, melhorar as condições de vida das populações da região”.

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