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Angola | ||
Um comboio de esperanças Ao chegar ao Huambo, a alegria explodiu. Milhares de pessoas saudaram o comboio, um gigante que, majestoso, atravessava meia cidade, apitando, como que a anunciar novos tempos, uma nova vida. E o Huambo correspondia com acenos e sorrisos. As danças também não faltaram, o que não deixava de ser notável, quando se percebe que o comboio chegou à cidade pouco depois das seis horas da manhã. - Esperamos muito tempo -. Era a expressão que muito se ouvia. Crianças e adultos reagiram e transpareceram nos rostos um desfazer de um nó que lhes embargava a respiração, como se tivessem recuperado a identidade. E o Huambo só é Huambo com o comboio. Milhares de histórias de amor resultaram da existência do comboio, milhares de cursos se estudaram tendo o comboio como amigo para encurtar distâncias, milhares de homens se fizeram técnicos metalo-mecânicos. Toda a cidade cresceu, cresceram as indústrias, toneladas de alimentos foram transportados, com destaque para os cereais. E as notícias e a brisa do mar chegaram ao Luau, lá de onde vinham toneladas e toneladas de minérios e, cera e também mel. O comboio já foi o maior empregador no Huambo, também o maior contribuinte. O comboio está na memória das gentes do Huambo como motivo de sorrisos e de felicidade. Milhares se lembram ainda das viagens no recovero, no camacove, ou no mala. Do mais lento ao mais rápido e confortável. Todos eles a fazer de grande tela para o desfile de paisagens infindas de extensão e de beleza, que afinal é a imagem de Angola. Mais produtos e mais baratos passarão a chegar ao Huambo. É o que o povo espera, para reerguer casas e fábricas, para pôr as máquinas a trabalhar. VERSÃO INTEGRAL DESTA NOTÍCIA, AQUI
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