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Ambiente 

Programa de contingência do governo angolano protege o ambiente em caso de derrames

O Plano Nacional de Contingência aprovado pelo Executivo garante ao país um controlo efectivo dos derrames de petróleo no mar e protecção do meio ambiente, assegurou ontem, em Luanda, o vice-ministro dos Petróleos, Aníbal Silva.

O vice-ministro dos Petróleos, que discursava na abertura de um seminário consagrado ao “uso de dispersantes e planos de contingência locais”, considerou que esses produtos têm contribuído de forma significativa para a protecção do meio ambiente.

O responsável disse estar preocupado com a ausência de um Plano de Contingência a nível dos principais portos no país, pelo que sugeriu a criação de planos de intervenção em função de áreas de jurisdição. “Angola possui um plano nacional de contingência e o respectivo orçamento desde 2008. A Comissão Nacional de Luta Contra Derrames de Petróleo pretende neste seminário avaliar os procedimentos e reforçar as medidas operacionais”, ressaltou.

O vice-ministro dos Petróleos, Aníbal Silva, frisou que as companhias petrolíferas devem reforçar as medidas de controlo e apoiar o combate a derrames de petróleo. “Temos realizado um seminário sobre mapas de sensibilidade ambiental para planos de contingência de derrames, com vista a fazer face aos incidentes que ocorrem em zonas de exploração”, referiu. Aníbal Silva considera crucial a realização de seminários, visando aumentar os conhecimentos teóricos e práticos, bem como a realização de exercícios regulares para o manuseamento de equipamentos no mar com rapidez, para o sucesso de operações desse género.

“A problemática dos incidentes com petróleo em zonas de exploração em ‘offshore’, como sucedeu no Golfo do México, em Abril do ano passado com a BP, devem servir de lição e casos para estudo”, acentuou. A Comissão Nacional de Luta contra o Derrame de Petróleos, que trabalha em parceria com instituições governamentais e empresas petrolíferas, é coordenada pelo Presidente da República, enquanto responsável do Conselho Nacional de Protecção Civil. É integrada pela ministra do Ambiente, na qualidade de coordenadora do Comité Técnico Executivo e pelo Ministro dos Petróleos, encarregado do Comando Nacional de Incidentes, apoiado por um secretariado. O representante da Associação Internacional da Indústria Petrolífera no Controlo do Ambiente, Jean Yves Huet, disse que os dispersantes apoiam a biodegradação quando acontece um derrame de petróleo.

“Angola ratificou todas as convenções internacionais para a protecção dos derrames de petróleo”, disse, considerando importante que o país realize acções de formação para manter o plano de contingência operacional.

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