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«África precisa de nós e nós precisamos de África» O historiador Jaime Nogueira Pinto tirou uma fotografia falada sobre o passado, o presente e o futuro do continente africano. Através de um retrato bastante "pixelizado" dos perigos e potencialidades destes mercados, o relato de Jaime Nogueira Pinto teve uma ideia que percorreu toda a comunicação sobre "A África Subsahariana no século XXI - Recursos, Riscos e Perspectivas de Desenvolvimento": "África precisa de nós e nós precisamos de África". A vantagem mais imediata para o também administrador do grupo DM, que actua na área da segurança privada em Moçambique, é que África "está num ciclo de economia real, em que produz alimentos, energia e tem recursos". No entender de Nogueira Pinto, há que adicionar-lhe as reservas energéticas, porque "energia é poder". Mas como não há riqueza sem uma dose de perversão, "os países produtores de petróleo têm tendência para serem Estados mais autoritários ". Esta maior estabilidade dá confiança ao mercado. Por isso, apesar de a Europa, por razões históricas, ser ainda o principal parceiro económico deste continente, a verdade é que a China começa a ser um "player" de respeito. O crescimento do volume de negócios dos asiáticos em África é hoje maior do que o agregado dos 27 países da União Europeia ou dos Estados Unidos da América. As benesses de uma guerra civil Nem os recentes tumultos em Luanda o deixam desconfiado. A guerra civil que flagelou o país durante décadas é a justificação: "Foi terrível e teve enormes custos, mas teve também, perversamente, vantagens. Atirou as pessoas para as cidades e misturou-as, atirou-as para os exércitos e também as misturou. 'Destribalizou', o que tem sido complicado noutros Estados."
"É mesmo preciso ter imaginação" Os mercados lusófonos tradicionais devem continuar a ser a aposta das empresas portuguesas, ou há outros mercados que podem ter mais potencial? Que sectores têm mais potencial para este continente? As manifestações em Luanda podem ter consequências nefastas para o ambiente económico local? Qual é nova moda em África para os portugueses?
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