Empresários de Paços de Ferreira em Moçambique à procura de negócios
Um grupo de empresários de Paços de Ferreira está em Moçambique à procura de oportunidades de negócio, no âmbito de uma missão empresarial promovida pela associação empresarial da capital portuguesa do móvel.
"Entendemos que Moçambique poderá ser um mercado interessante, uma vez que as perspectivas de crescimento económico neste país são muito grandes, ao contrário do que se passa na Europa", disse à Lusa Carlos Adegas, representante da Associação Empresarial de Paços de Ferreira.
A visita empresarial, na qual participam oito empresários de diferentes ramos de actividade como, por exemplo, mobiliário, tintas e vernizes ou sondagens e captações de água, vai prolongar-se até à próxima segunda-feira.
"Ficamos com uma ideia muito positiva do que Moçambique pode vir a ser. Estamos a ser muito bem recebidos", disse à Lusa Joaquim Barbosa, representante de duas empresas do sector mobiliário de Paços de Ferreira, que têm um volume anual de negócios superior a 10 milhões de euros.
"Neste momento, já estamos a vender para Itália, que tem o mobiliário mais conceituado do mundo, o que significa que podemos ser uma mais-valia para Moçambique e não um concorrente", disse Joaquim Barbosa.
A crise financeira internacional, que tem abrandado o ritmo das exportações destes empresários para o mercado europeu, é uma das justificações apontadas para o interesse empresarial no mercado moçambicano.
"Moçambique é um país relativamente pobre, ao andar pelas ruas percebe-se que o nível de rendimento da população é baixo, no entanto, quando falamos com as autoridades locais percebemos que há um esforço de modernização muito grande, portanto, tem um clima favorável ao ambiente de negócios", afirmou Carlos Adegas.
"Por mais que o Google e a internet nos dêem informações sobre um país, é preciso ir até lá e sentir o pulsar da economia local, só a partir daqui é que pode pensar na internacionalização de negócios", concluiu.
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