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Cabo Verde | ||
Ambientalistas de Cabo Verde concordam com projecto das microalgas mas pedem cautelas Governo anunciou o início da exploração industrial de microalgas destinadas à exportação. O biólogo Tomy Melo encara com tranquilidade a decisão da tutela e aplaude a aposta numa prática que é seguida "em várias partes do mundo, com resultados muito bons". O responsável da Biosfera, associação ambientalista com sede no Mindelo, não deixa, contudo, de fazer um alerta. Melo espera que as espécies de microalgas que vão ser exploradas já existam no ecossistema. "Se a espécie for daqui, a poluição genética deixa de existir. Se for uma espécie estrangeira é preciso ter outros cuidados, para que não haja uma poluição genética, o que pode originar um desequilíbrio no ecossistema", adverte. "Não é nenhum bicho-de-sete-cabeças", acredita o biólogo. Projecto das microalgas A Universidade de Algarve lançou uma parceria com o Governo de Cabo Verde para o cultivo de microalgas. O secretário de Estado dos Recursos Marinhos de Cabo Verde, Adalberto Vieira, indicou que além do betacaroteno serão cultivadas outras microalgas, com a ambição de conquistar o mercado mundial. "Queremos não só passar a cultivar as microalgas que podem providenciar a extracção de betacaroteno, mas também aproveitar outras que possam eventualmente ser cultivadas em Cabo Verde, indo ao encontro da estratégia de explorar tudo que o mar nos pode oferecer de uma forma sustentável", explicou o governante. O projecto tem um custo não superior a 20 mil contos numa primeira fase. Inicialmente, as unidades de cultivo de microalgas serão instaladas nas ilhas de Santiago e São Vicente.
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