POR TERRAS DE MOÇAMBIQUE De que festa é a nostalgia?
Quando pisou chão de Maputo, lembrou-se do amendoim assado na areia. Esquecera a “ordem” dada a quem levava máquina fotográfica — “quando começar a chorar não me tirem fotografias”; pressentiu na boca o sabor da manga com sal…
A entrada no liceu António Ennes obrigava a madrinha. A de Marta Brinca foi Amélia Muge. No professor amigo do professor Romero de Magalhães descobriu um seu antigo professor do António Ennes.
Gaiata, entrava com a mãe pela porta de serviço do “Polana”, carregando víveres que alimentariam a elite reluzente daquele pentágono estrelar. Voltou passados vinte e tal anos, entrou agora pela porta da frente que nunca antes se atrevera a galgar. O porteiro Albino, peito grande à medida do mostruário de medalhas que oferece aos hóspedes e objectivas, lembrou-se da Marta gaiata. A mulher do Presidente emocionou-se uma vez mais, jorrava com prazer o sotaque do mercado Xipamanine onde a mãe vendia; na ilha da Inhaca o empregado de mesa enalteceu-lhe o saber dizer em moçambicano — “se não viesse com a delegação, ninguém diria que alguma vez tinha saído de Moçambique”.
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Dinis Manuel Alves
29 de Julho 1997
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