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S. Tomé e Príncipe 
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Grupo suíço quer construir refinaria de produtos petrolíferos

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, anunciou a intenção do grupo suíço Gunver em construir no arquipélago um centro de armazenagem de produtos petrolíferos refinados com capacidade para abastecer toda a região da África ocidental.

Trata-se de um investimento a ser executado também com capital russo, avaliado em 200 milhões de dólares (148,7 milhões de euros).

"É a quarta maior empresa mundial em termos de trading de produtos petrolíferos e é uma empresa que está muito pouco presente em África", explicou Patrice Trovoada, sublinhando que "ela viu a posição regional do país e achou que era uma oportunidade para investir".

"Na nossa perspetiva, sendo um projeto para servir a sub-região, esse projeto está aberto a outras participações. O que é fundamental para nós é que se houver outras pessoas para participar são bem-vindas, se não houver, o financiamento já está garantido", acrescentou o primeiro-ministro são-tomense.

Patrice Trovoada regressou de Genebra, onde participou numa missão destinada à captação de investimentos privados estrangeiros; a delegação governamental são-tomense integrou também o ministro secretário-geral do Governo, Afonso Varela, que iniciou igualmente negociações para a instalação no arquipélago de um banco de fomento.

"Nomeadamente para apoiar a agricultura, habitação e pequenas indústrias de transformação e as discussões estão no bom caminho e penso que daqui a 60 dias podemos chegar a um acordo", disse Patrice Trovoada, sem precisar com que empresa o Governo está a negociar a instalação deste banco na capital são-tomense.

"Vai ser muito difícil desenvolvermo-nos se nós não tivermos bancos de apoio especificamente virados para estes sectores, com taxas de juros bonificados", sublinhou o chefe do Governo são-tomense.

Patrice Trovoada, que esteve oito dias na capital suíça, visitou também a sede da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, com a finalidade de promover a marca São Tomé e Príncipe do cacau, principal produto de exportação do país.

"Queremos proteger o cacau de são-tomense, a sua origem e assim valorizarmos muito mais esse produto no mercado internacional", explicou.

Segundo o chefe do executivo são-tomense, esse projeto deverá arrancar antes do final deste ano, mas antes o Governo pretende discutir alguns detalhes com o Banco Mundial, que financia desde 1998 um programa de ajustamento estrutural (PAE) e cuja missão chegou a São Tomé também na sexta-feira.

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