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Moçambique | ||
A ameaça da África do Sul A África do Sul vai investir 42 biliões de dólares em infra-estruturas, incluindo o porto de Durban, e pretende cortar as taxas ferro-portuárias para atrair novos clientes. A ambição do vizinho moçambicano ameaça quebrar o desempenho do porto de Maputo, que vai tentando resistir. A África do Sul tem um plano gigante de construção e modernização de infra-estruturas ferro-portuárias, num investimento público de biliões de rands, anunciados pelo presidente Jacob Zuma, no discurso à nação, no parlamento. O plano sul-africano pretende reforçar o desenvolvimento industrial e agrícola, com a abertura de novos canais para o escoamento de mercadorias. A África do Sul pretende aumentar as exportações e conquistar novos clientes, sobretudo na SADC, para utilizarem os seus portos e linhas-férreas. Estes esforços visam desenvolver uma a enorme cintura mineira de carvão, platina, paládio, crómio e outros minerais. Utilizando o Limpopo como base, a África do Sul vai ampliar o transporte ferroviário em Mpumalanga, ligando os jazigos de carvão às torres energéticas. Isto possibilitará, decisivamente, ao país vizinho mudar do transporte rodoviário para a via férrea no transporte de carvão, o qual tem causado a deterioração de estradas na província de Mpumalanga. A parte oriental da província do North West também irá beneficiar do foco nas infra-estruturas ligadas às minas. Um dos principais objectivos da África do Sul é servir os países do hinterland e tirar proveito da Integração Regional, à luz do protocolo comercial da SADC. Durban competitivo O país vizinho vai impulsionar o movimento de mercadorias, através do corredor industrial Durban-Free State-Gauteng. O projecto visa ligar os maiores centros económicos de Gauteng e Durban/Pinetown, e, ao mesmo tempo, impulsionar o desenvolvimento destes centros, com o aumento da capacidade de exportação, através dos portos de mar. Relativamenete a esta pretensão, foi anunciado que o Market Demand Strategy of Transnet vai investir, no espaço de sete anos, 300 biliões de rands em projectos. Deste montante, duzentos biliões de rands vão ser alocados a projectos ferroviários. A verba vai servir para melhoramentos no corredor ferroviário Durban-Gauteng e para alargar a capacidade de exportação de magnésio, através do porto de Ngqura. Para acelerar ainda mais a maior economia da África sub-sahariana, o presidente Zuma revelou que estão a ser considerados novos incentivos, nomeadamente a redução das taxas portuárias. Zuma anunciou que o Regulador dos Portos e a Transnet, a empresa estatal de transporte ferroviário, tinham concordado reduzir as taxas portuárias em 2012, totalizando um bilião de rands. O presidente da África do Sul destacou, ainda, o desenvolvimento de um novo e maior módulo no Sul Oriental, que possa acelerar o desenvolvimento da indústria e agricultura, bem como a capacidade de exportação da região do Cabo Oriental. A ideia é, também, expandir os laços económicos e logísticos com o Nothern Cape e KwaZulu-Natal.
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