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Contentores nos carris

A ideia é ambiciosa: retirar das rodovias o que equivaleria, actualmente, a quase 948 mil TEUs de mercadorias que viajam em contentores e movimentá-las sobre carris, modal utilizado maioritariamente com cargas de baixo valor agregado e grandes volumes, como produtos agrícolas e minérios.

Esse o objectivo da Brado Logística, criada há um ano pela ALL e Standard Logística, representa 12% do total movimentado em 2011 pelos portos organizados, ou seja, 7,9 milhões de TEUs. "Em prazo de cinco anos, queremos atingir essa meta, para que a carga marítima em contêiner transite internamente por meio da ferrovia", resume Alan Fuchs, diretor financeiro da companhia, adiantando que atualmente esse percentual está em 3%, ante 42% nos Estados Unidos.

Para que isso aconteça, além da disponibilidade do espaço nos trilhos, é preciso viabilizar terminais rodoferroviários, equipamentos e mais uma série de sistemas de segurança e tecnologia de informação, além de desenvolver um expertise que a ferrovia brasileira ainda não tem. "A operação da ferrovia brasileira não está preparada para operar contêiner, que é uma carga pulverizada e customizada, diferente das tradicionais commodities que circulam na maioria dos trens brasileiros", analisa Fuchs. São milhares de clientes que requerem, além do transporte, outros serviços agregados, como armazenagem, estufamento (preparo da carga do contêiner), controle e monitoramento constantes.

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