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Um dos pesos pesados dos mares, a raia-manta está ameaçada – mas a tecnologia pode ajudar Ela vive no fundo do mar, pode pesar mais de duas toneladas e medir até oito metros de uma ponta a outra. Pensou na baleia? Que nada! Estamos falando da dócil raia-manta (Manta birostris), um gigante marinho que, infelizmente, está ameaçado de extinção. Para conhecer melhor este animal bonito e curioso, pesquisadores do Projeto Mantas do Brasil – criado pelo Instituto Laje Viva em 2006 – resolveram tomar uma mãozinha da tecnologia. Eles usam uma técnica chamada tagueamento, em que um rastreador chamado tag (marcador, em inglês) é preso nas costas da raia-manta. (Veja, em vídeo, como o procedimento é feito). O aparelho tem uma antena na ponta e pode chegar a um quilômetro de profundidade no oceano. Por até seis meses, ele acompanha a viagem desses bichos e grava alguns dados como localização, temperatura da água e profundidade. “Depois da coleta de dados, o aparelho flutua e manda as informações via satélite”, conta Ana Paula Balboni, diretora do Instituto Laje Viva. No Brasil, as raias-mantas costumam ser vistas na costa do sudeste, durante o inverno. Os registros apontam que elas podem passar dos 800 metros de profundidade, a temperaturas de quatro graus Celsius – um banho pra lá de frio! A fotografia também é usada pelo pessoal do Laje Viva para conhecer melhor esse animal fascinante. Cada raia-manta possui manchas únicas em seu ventre, que servem para identificá-la. “Quando elas aparecem na Laje de Santos, em São Paulo, tiramos uma foto de seu ventre e catalogamos o animal”, conta Ana Paula. A cada ano, os pesquisadores fotografam novamente os animais que passam pelo Brasil, para ter uma ideia de quantos deles retornaram e, assim, estimar sua população. Até agora, o Mantas do Brasil tem 75 animais catalogados.
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