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Brasil 
EM 2011

Volume de mercadorias nos portos brasileiros bate recorde

O volume de mercadorias que circulou pelos portos brasileiros foi recorde no ano passado, com 886 milhões de toneladas, uma alta de 6,25% em relação ao registado em 2010, de acordo com o anuário agora divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Com esse avanço, o sector dobrou de tamanho em 12 anos, período no qual foram bastante restritos os investimentos para expansão da capacidade dos portos públicos. Esse gargalo criado, com cada vez mais carga para o mesmo número de portos, tem levado o governo a reestruturar o setor no país, preparando um novo marco regulatório e concessões de novos portos à iniciativa privada.

Com um câmbio mais favorável às importações do que às exportações em 2011 em relação ao ano anterior, o volume que transitou pelos portos cresceu mais em função dos desembarques no país do que por causa dos embarques. Enquanto as chegadas subiram 7,5%, as saídas dos portos cresceram 5,6%. Esse é mais um indicador oficial da forte concorrência que a indústria nacional sofre com a competição externa. O número também reflete uma continuidade da recuperação das importações após o auge da última crise no comércio exterior, em 2009, quando os embarques foram quatro vezes menores do que os desembarques. Em 2011, a saídas somaram o dobro do volume das entradas.

O avanço do setor portuário no ano passado, em termos nominais, foi puxado principalmente pelo porto de Itaguaí, em Sepetiba (RJ), que teve seu volume elevado em quase seis milhões de toneladas, para 58,1 milhões de toneladas. Também o porto do Rio teve o volume de carga significativamente ampliado, em 10,9%, para 7,7 milhões de toneladas. O maior porto do Brasil, de Santos (SP), teve volume de carga praticamente estável, em 86 milhões de toneladas. Os que mais cresceram em percentual foram Suape (PE) e Vitória (ES).

O produto que mais puxou as exportações por via marinha no ano passado foi o minério de ferro, com 327,8 milhões de toneladas. Muito depois, com 188,4 milhões de toneladas, estão os combustíveis e óleos minerais e, em seguida, todos os produtos com menos de 50 milhões de toneladas, entre eles os principais foram soja, bauxita e açúcar.

No ano passado, também foi registrado crescimento de 11% no volume total da frota marítima brasileira segundo a Antaq, de 1.312 embarcações em 2010 para 1.459 em 2011.

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