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Hemobrás e Porto do Recife assinam termo de intenção A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e o Porto do Recife assinaram um termo de intenção para a implantação de um centro logístico no terminal recifense. O termo prevê dois tipos de operações específicas. A primeira diz respeito à importação de peças e equipamentos utilizados na produção de medicamentos, que irão compor a fábrica da Hemobrás em construção em Goiana (município localizado na Mata Norte do Estado de Pernambuco). O segundo tipo de operação refere-se à exportação de plasmapara a França, onde serão transformados em hemoderivados, e a posterior importação destes medicamentos, enquanto a fábrica, prevista paraentrar em operação em 2014, não entra em funcionamento.Contempla, ainda, a distribuição dos derivados de sangue no Brasil, a partir do Porto do Recife.O acordo tem validade de seis meses, prorrogável por igual período, e deverá evoluir para um contrato nos próximos meses. A expectativa é que o Porto do Recife comece a receber, já no início de 2013, os equipamentos, sistemas e componentes que serão usados na produção dos remédios que serão fabricados pela Hemobrás e que são fundamentais para o tratamento de pessoas portadoras de hemofilia, imunodeficiência primária, câncer, AIDS, entre outras doenças. A carga, composta por aproximadamente seis mil itens, está orçada em R$ 200 milhões. “O Porto do Recife já está apto a fazer esse tipo de operação e oferecerá um terminal exclusivo para receber e despachar os navios com as cargas da Hemobrás”, afirma o diretor de Operações e Comercial do Porto do Recife, Sidnei Aires. O terminal específico, previsto no termo de intenção, irá garantir maior agilidade na operação dos produtos. O Porto do Recife também já está pronto para realizar as operações de exportação de plasma, feita em contêineres refrigerados, já que estas atividades não demandam armazenamento e logística diferenciados. Porém, para poder receber a importação dos medicamentos hemoderivados prontos, o porto recifense irá construir, em uma área de 5 mil m², localizado na zona primária, um terminal específico conforme determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa prevê, para casos como o da Hemobrás, a instalação de câmara fria com temperatura entre 2°C e 8°C para estocar os medicamentos que virão da França, produzidos com o plasma recolhido pela estatal nos principais hemocentros brasileiros. A Câmara fria, que receberá um investimento de R$ 5 milhões, é necessária para o armazenamento adequado das amostras, enquanto aguardam análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para poderem entrar no País. Este procedimento dura, em média,15 dias. Em contrapartida, a Hemobrás assume o compromisso de utilizar, em caráter preferencial, os serviços postos à disposição pelo Porto do Recife, que irá oferecer preços compatíveis com a média de mercado, além de qualidade que atenda às necessidades da estatal. “Para firmar o termo de intenção, consideramos as atuais condições operacionais do Porto do Recife e também sua proximidade com a fábrica e com o aeroporto (Internacional dos Guararapes, no Recife)”, disse o presidente da Hemobrás, Romulo Maciel Filho. O Porto do Recife fica distante 60 km de onde está localizada a planta da Hemobrás. Enquanto o contrato entre Hemobrás e Porto do Recife não é assinado, as importações e exportações da estatal continuam sendo realizadas pelos portos de Santos (São Paulo) e do Rio de Janeiro, e também de avião, desembarcando na capital pernambucana. SOBRE A HEMOBRÁS - A Hemobrás, vinculada ao Ministério da Saúde, trabalha para reduzir a dependência externa do Brasil no setor de medicamentos derivados do sangue. Para isso, produzirá na sua fábrica, em construção em Goiana-PE, remédios fundamentais para milhares de pessoas portadoras de hemofilia, imunodeficiência primária, câncer, aids, cirrose e queimaduras graves, colaborando para o tratamento da população e para o fortalecimento do complexo industrial da saúde do Brasil. O empreendimento terá 19 blocos, distribuídos em 48 mil metros quadrados de área construída, em um terreno de 25 hectares no Polo Farmacoquímico de Pernambuco, de onde será âncora. Sua capacidade de processamento de plasma será de 500 mil litros por ano.A fábrica está orçada em R$ 670 milhões. Os sistemas público e privado do Brasil despendem, anualmente, cerca de R$ 800 milhões com importação de hemoderivados.
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