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Angola 
ANTÓNIO LUVALU DE CARVALHO

A relação comercial com Portugal

A Feira Internacional de Luanda (FILDA) tem sido um instrumento importante na dinamização da economia nacional e uma autêntica montra para os empresários estrangeiros que anualmente têm a oportunidade de expor os seus materiais num ambiente competitivo.

A FILDA está este ano na sua 29ª edição e tem um número record de mais de 700 empresas que procuram promover uma série de produtos. Entre os expositores, as empresas portuguesas são as que maior volume de negócios conseguem efectuar um pouco também por terem o domínio da língua e partilharem hábitos de consumo.

Para simbolizar a importância da FILDA, deslocou-se a Luanda o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, que na terça-feira presenciou a abertura da exposição internacional. Paulo Portas foi claro ao afirmar que Portugal e Angola têm relações únicas e insubstituíveis e que “as exportações de Portugal para Angola cresceram muito, as importações de Angola para Portugal também cresceram, e quando isto acontece satisfaz os dois povos”.

A profunda crise económica que afecta a Zona Euro, da qual Portugal é parte, fez com que os 17 Estados procurassem a alternativa e soluções. As medidas imediatas incluíram os cortes na despesa pública, com as famosas “medidas de austeridade”, expressas no congelamento dos salários, cortes nas pensões, privatizações das empresas onde os Estados tinham participação, entre outras que deixaram os povos europeus em revolta que se traduziu em manifestações e em confrontos violentos com a polícia.

O Executivo português teve de adoptar as medidas de austeridade devido aos compromissos assumidos com a Troika composta pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia para que pudesse receber os 70 mil milhões de Euros e evitar a bancarrota, e optou por uma diplomacia económica.

A diplomacia económica é entendida como a actividade desenvolvida pelo Estado e os seus institutos públicos fora do território nacional, no sentido de obterem os contributos indispensáveis à aceleração do crescimento económico, à criação de um clima favorável à inovação e à tecnologia, à criação de novos mercados e à geração de emprego de qualidade por parte do Estado que a pratica.

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