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NAUFRÁGIO NA TANZÂNIA

Esgotam-se esperanças de encontrar sobreviventes

Pelo menos 68 pessoas morreram e 83 desapareceram no naufrágio do "ferry-boat", dia 18, quando fazia a ligação Dar-Es-Salaam/Zanzibar. "As operações de socorro prosseguem", declarou sábado o porta-voz da polícia da região semiautónoma, excluindo a possibilidade de se encontrar mais sobreviventes, mais de 48 horas após o naufrágio.

Centenas de pessoas concentram-se, desde quinta-feira, no parque Maisara Grounds perto da área histórica de Stone Town para identificar os corpos das vítimas que ali são depositados à medida que vão sendo resgatados.

Tatu Kwiyela, uma mulher de 35 anos da parte continental, sobreviveu, mas o seu filho de 9 meses morreu no incidente. "Eu fui varrida pelas ondas fortes e perdi o meu filho. Tentei agarrar-me a ele, mas ele desapareceu no mar", disse Tatu, que conseguiu identificar os restos mortais do filho.

Das 68 vítimas fatais, 54 corpos foram identificados até ontem por familiares e levados para funerais, revelou a policia. "Continuaremos com as operações de busca e resgate, embora esteja a ficar cada vez mais difícil encontrar qualquer sobrevivente", acrescentou.

As equipas de socorro salvaram 145 pessoas, incluindo dois belgas e quatro alemães, de acordo com os ministérios dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas e Berlim.

Omari Abdullah, do hospital de Zanzibar, afirmou que o estabelecimento prestou assistência a dois israelitas e dois alemães, que já deixaram o arquipélago.

O "ferry" transportava 291 passageiros, incluindo 251 adultos e 31 crianças, e nove tripulantes, precisou a policia, acrescentando serem ainda desconhecidas as causas.
Este foi o segundo acidente em menos de um ano ao largo de Zanzibar. Em Setembro de 2011, mais de 200 pessoas morreram num naufrágio de um "ferry", que as autoridades reconheceram que ia sobrelotado.

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