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Moçambique 

Moçambique recupera carga ferroviária perdida para outros operadores

De acordo com Rosário Mualeia (na foto), presidente da Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Moçambique está a recuperar grande parte da carga que tinha perdido a favor de outras rotas da região por razões de segurança e qualidade das infra-estruturas de transporte e ferro-portuárias.

Rosário Mualeia salienta que essa recuperação é um dos resultados do investimento que tem vindo a ser feito na modernização dos meios materiais , com impacto no aumento da eficácia e eficiência dos serviços prestados.

Nos últimos anos, a CFM procedeu a obras de reparação das linhas férreas de Limpopo, Ressano Garcia e Goba, na região sul, cuja operação continua a situar-se abaixo da capacidade instalada devido às limitações impostas pela disponibilidade de material circulante.
Apesar das várias soluções ensaiadas pela empresa, nomeadamente a recolha de vagões abandonados nas estações e ao longo das ferrovias um pouco por todo o país e um programa de reparação nas oficinas gerais, a oferta de vagões nunca conseguiu satisfazer a procura crescente de transporte de carga com origem nos países da região.

Rosário Mualeia disse que na reunião tripartida realizada recentemente em Maputo e em que participaram companhias ferroviárias de Moçambique, África do Sul e Suazilândia, a CFM assumiu o compromisso de aumentar não só os níveis de produção, do ponto de vista de metas de transporte de carga, como também de elevar a qualidade dessa prestação.

Um dos impactos esperados, de acordo com a fonte, será a captação de cada vez mais carga de e para países vizinhos como África do Sul, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe, bem como de outros Estados do interior regional com os quais já foram assinados memorandos de entendimento sobre a matéria, faltando apenas avançar-se com a sua entrada em funcionamento.

Mualeia reconheceu que a questão de material rolante, nomeadamente vagões e locomotivas, continua a condicionar a prestação da empresa mas adiantou que a administração aguarda apenas pela autorização do governo para concluir acordos de crédito com alguns bancos já identificados.

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