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AICEP estuda expansão da delegação para norte do país A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) está a ponderar o reforço da sua delegação em Moçambique, expandindo serviços para o norte do país, disse à Lusa um administrador da organização. A expansão terá em conta a geografia dos recursos naturais no país, como a prospeção de gás natural, no norte, e a extração de carvão no centro de Moçambique. "Estamos a fazer esse planeamento para o próximo ano e, eventualmente, reforçar o nosso centro de negócios em Moçambique e arranjarmos uma antena para o norte, que é onde muita coisa se está a passar por causa do gás e do carvão", disse à Lusa Manuel Brandão, que está em Maputo para participar na FACIM 2012, que na segunda-feira arranca nos arredores da capital moçambicana. Em Cabo Delgado, norte de Moçambique, a GALP participa num consórcio liderado pela italiana ENI que prospeta um lote "com reservas incalculáveis" de gás natural. Um pouco mais a sul, a reabilitação do porto de Nacala, para escoar carvão de Tete está a ser acompanhada pela expansão do aeroporto internacional da cidade, para o qual a TAP já anunciou a intenção de voar. No centro do país, a extração de carvão por grandes companhias mineiras internacionais, como a brasileira Vale e a anglo-australiana Rio Tinto, tem arrastado para a região muitas empresas portuguesas fornecedoras de serviços. Manuel Brandão disse que ainda não foi definida a localização da nova "antena". "Temos que ver com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas nesta nova colaboração que a agência tem, dada a sua integração no MNE, é algo que estamos a estudar", disse. Atualmente, a AICEP tem um centro de negócios em Maputo, no edifício onde funciona a embaixada, dirigido por um delegado que o administrador da agência descreveu hoje como "bastante competente e reconhecido pelas empresas" que se deslocam à capital moçambicana.
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