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Leilão de champanhe centenário do fundo do mar gera controvérsia

No arquipélago de Åland, Finlândia, foi encontrado o mais antigo champanhe do mundo, que vem sendo vendido por somas recorde. Mas segundo a Convenção da Unesco, o patrimônio submarino não poderia ter sido comercializado.

Os diretores da sofisticada fabricante de espumantes Veuve Clicquot acharam que Christian Ekström fosse um louco, ao receber um telefonema dele em 2010. O mergulhador profissional e dono de uma cervejaria havia encontrado dúzias de garrafas do nobre champanhe da companhia no fundo do Mar Báltico. Todas numa escuna, provavelmente afundada por volta de 1840 na costa das Ilhas Åland. Oito garrafas da antiga carga acabam de ser leiloadas em Mariehamn, capital do arquipélago.

Leilão da bebida centenária

Esta foi a segunda tentativa do governo de Åland de vender parte das 164 garrafas encontradas. "Queremos fazer com que os olhos do mundo se voltem para essas ilhas", explica Johan Ehn, secretário da Cultura e Educação do arquipélago, que é uma região autônoma da Finlândia. Um golpe de mídia para o pequeno reino insular: "Usamos o champanhe como um instrumento de marketing", completa Ehn.

Fabienne Moreau, historiadora-chefe da Veuve Clicquot, e Richard Juhlin, principal especialista sueco em champanhe, confirmaram a autenticidade das rolhas e a classe da própria bebida. O armazenamento das garrafas a uma pressão atmosférica de cinco bar e o resfriamento a 5ºC, a 45 metros de profundidade no mar, foram ideais para conservar o espumante.

Além das Veuve Clicquot, foram encontradas no navio afundado diversas garrafas de champanhe da marca Heidsieck e dúzias do fabricante Juglar: trata-se de uma coleção única de raridades e ao mesmo tempo do mais antigo champanhe do mundo já encontrado. Um leilão em caráter de teste de apenas duas garrafas registrou um novo recorde mundial: um colecionador de Cingapura pagou 54 mil euros pelas duas garrafas de vidro escuro.

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