Pescadores de Tarrafal e Monte Trigo pedem solução para conserva de peixe

A demora na resolução do problema de conservação do pescado está a desencorajar os pescadores das zonas piscatórias do Tarrafal e Monte Trigo, interior do Porto Novo, que têm de ir a São Vicente para adquirir gelo.

“A situação continua, cada vez, mais difícil”, lamentou o pescador Augusto Santos, lembrando que, há vários anos, os pescadores do Tarrafal e de Monte Trigo estão a braços com o problema de conservação do pescado, situação que, a seu ver, tem condicionado, sobremaneira, essa actividade da qual depende a sobrevivência de muitas famílias.

Herculano dos Santos, outro pescador e proprietário de uma embarcação, recordou que se encontram, há um ano, em Monte Trigo, duas máquinas de gelo adquiridas no âmbito do projecto sobre as energias renováveis, mas, “por incrível que pareça, não foram instaladas até agora”.

Em Agosto, aquando da inauguração da central fotovoltaica do Monte Trigo, a autarca do Porto Novo, Rosa Rocha, prometeu que a Câmara Municipal iria criar as condições para a instalação destes equipamentos.

Augusto Santos lembrou a propósito que “a engenheira Rosa Rocha prometeu que o problema seria resolvido em breve, mas que ainda tudo continua na mesma” e alertou as autoridades competentes para a situação “muito difícil” por que passa Monte Trigo, onde “toda a gente” está no desemprego.

Fonte camarária confirmou à Inforpress que a instalação das duas máquinas de gelo, com a capacidade de 500 quilos cada, está a depender da remodelação de um edifício pela Câmara Municipal do Porto Novo.

No Tarrafal, de acordo com o presidente da Associação dos Pescadores local, Isaías Pires, a problemática da conservação de pescado continua sendo um entrave ao desenvolvimento da pesca na zona.

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