PROJECTO KASSINGA | ANGOLA Porto do Sacomar vai movimentar 20 milhões de toneladas de minério de ferro/ano
A reconstrução do Porto do Sacomar, no Namibe, Angola, vai permitir exportar 20 milhões de toneladas de minério de ferro. O projecto está a ser desenvolvido pela AEMR, com início das operações previsto para o último trimestre de 2013.
Mais de 20 milhões de toneladas de ferro bruto serão produzidas anualmente nas minas de ferro de Kassinga (1 e 2), no município da Jamba, província da Huíla, garante o ministro de Geologias e Minas, Francisco Manuel Queiroz.
Segundo o titular da pasta, sete milhões de toneladas deste minério serão produzidas em Kassinga Sul,actual Tchamutete, a cerca de 105 quilómetros da sede municipal, igual número em Kassinga Norte (sede municipal) e os restantes na reserva fundiária de Cateruca.
O governante sublinhou que o produto contribuirá grandemente para a diversificação da economia do país, cujos objectivos vão igualmente assentar-se no programa de combate à fome e redução da pobreza, projectos estes cujas prospecções ainda prosseguem por especialistas da empresa Angola Exploration Mining Resources (AEMR).
Neste particular, ressaltou o ministro, pode-se constatar que a vila mineira apresenta características próprias. A população local está bem servida, podendo beneficiar do que resultar desta actividade e terá a oportunidade de ganhar o primeiro emprego e com condições de saúde para poder trabalhar condignamente, incluindo outros factores necessários que visam proporcionar a melhoria da qualidade de vida.
Este projecto vai servir de âncora para alavancar o projecto de desenvolvimento regional, na perspectiva de uma economia em cadeia, dado ao potencial que o mesmo encerra.
Indústria mineira reduz assimetrias
O relançamento da exploração mineira nas províncias da Huíla e do Namibe tem como principal objectivo o desenvolvimento da região sul de Angola, assevera o governante, que efectuou demorada visita ao Namibe e Huíla.
Francisco Queiroz disse que a região, que inclui ainda a parte norte da província do Cunene, tem grande importância em termos de recursos minerais não diamantíferos, muitos dos quais ainda desconhecidos, por falta de mapeamento físico do potencial.
“Vamos de imediato proceder ao levantamento geofísico, mapeamento geológico-mineiro e depois promover o investimento nas regiões”, afirmou o ministro Francisco Queiroz, acrescentando que está em curso a contratação das empresas de exploração e que financiamentos estão em estudo.
Francisco Queiroz realçou o grande potencial em termos de minerais para a construção civil que existe na Huíla e no Namibe, entre os quais o granito e o mármore, areeiros e outros. Advogou, por isso, maiores investimentos visando o desenvolvimento social e económico daquelas regiões.
“A recomendação que deixamos aqui é de que se deve promover o sector para que haja mais investimentos e que isso se traduza na melhoria das condições de vida e também maior arrecadação de receitas fiscais para o Estado”, referiu Francisco Queiroz. O ministro disse ainda que, dentro do projecto de desenvolvimento mineiro nas províncias da Huíla, Cunene e Namibe, está também incluso o Porto Mineraleiro, localizado na vila do Saco-Mar, a dez quilómetros da cidade. Francisco Queiroz considerou “estratégico” este porto, na medida em que a exportação de minerais passa a ser feita através dele.
O ministro defendeu ainda um grande investimento para a reactivação do Porto do Namibe, onde o equipamento se encontra obsoleto. “É preciso que se faça um grande investimento para que a sua reabilitação faça parte do programa de desenvolvimento regional”, disse. No Namibe, o ministro inspeccionou o Porto Mineraleiro, as minas de granito e mármore localizadas na região do Caraculo, município da Bibala. O ministro visitou também a britadeira da Omatapalo, uma das mais importantes empresas de construção civil e obras públicas das províncias do Namibe e Huíla.
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