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BRASIL

Ultrapar e Libra ganharam o Prémio do IBGC de 2012

As empresas Ultrapar, de capital aberto, e Libra, de capital fechado, venceram o Prémio IBGC de Governança Corporativa. É a oitava edição do prêmio criado em 2005 pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa com o objetivo de estimular o comprometimento das empresas com a transparência administrativa. Desde o ano passado ele deixou de eleger as empresas com melhor sistema de governança para focar naquelas que mais evoluíram na transparência nos últimos três anos.

A Ultrapar actua nos setores químico, petroquímico, de combustíveis, gás e de logística. No ano passado faturou R$ 48,7 bilhões. Em agosto de 2011 entrou para o novo mercado da Bovespa e converteu as ações preferenciais em ordinárias na proporção de uma para uma. A empresa também reformulou seu estatuto, criando um mínimo de 30% de conselheiros independentes entre outras medidas no rumo da pulverização do capital.

"Há muito tempo encarou-se a governança como um instrumento para produzir uma empresa mais sólida, mais rentável, mais perene. Há muito acreditamos que há uma relação profunda entre governança e desempenho", disse o diretor Financeiro da empresa, André Covre.

Segundo o executivo, o processo de abertura vem dos anos 1980 quando o então acionista controlador, Pery Igel, decidiu transformar seus principais executivos em acionistas. Um deles era Paulo Cunha, atual presidente do conselho de administração da Ultrapar.

O grupo Libra nasceu no emblemático ano de 1968 a partir de uma empresa de navegação e hoje é a segunda maior operadora de contêineres do Brasil, com faturamento de R$ 1,2 bilhão estimado para este ano. E é definido por seu presidente, Marcelo Araújo, como um grupo de "infraestrutura de comércio exterior".

A evolução que levou os avaliadores do IBGC e convidados a atribuir ao Libra o prêmio para empresas não listadas em Bolsa deste ano começou em 2007, quando os acionistas do grupo, de origem familiar, decidiram profissionalizar seu comando.

Em 2009 foi assinado com o IFC, braço do Banco Mundial (Bird) para financiamento ao setor privado, um compromisso para até 2013 de evolução da governança em troca de melhores condições de financiamento. As metas da companhia já foram cumpridas. Em 2010 o grupo adotou as normas contábeis internacionais da IFRS. "Fazemos isso porque acreditamos", disse Araújo. Segundo ele, abrir o capital está no horizonte, mas "não é um objetivo em si".