Sistema de Lupa activo | Voltar vista normal | ||
APLOP em foco | ||
«Representamos um imenso território, com cerca de 15 mil quilómetros de costa» “Falamos a mesma língua, a melhor das argamassas quando o Homem decide ser Fraterno; representamos um imenso território, com cerca de 15 mil quilómetros de costa, distância que integra o ranking dos dez países com maiores costas do mundo” – enfatizou José Luís Cacho, na abertura do VI Congresso da APLOP, que esta quinta-feira se iniciou em Lisboa. O Presidente da associação que congrega os portos do espaço lusófono avançou com outros números dignos de registo: “A Zona Económica Exclusiva que a APLOP representa atinge uma área que ronda os 7,2 milhões de km2, ficando assim perto da ZEE da Rússia, a quarta maior do mundo. No que diz respeito a exploração de recursos do solo e subsolo marinho, incluindo combustíveis fósseis e minerais, por via de autoridade sobre a plataforma continental, o cenário de relevância repete-se. Com base em informação da Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, os oito países já possuem jurisdição sobre uma área de fundo marinho equivalente à distância de 200 milhas náuticas da linha de costa, correspondente em coluna de água às suas ZEE, ou seja os já referidos 7,2 milhões de km2. Quando concluído o processo de avaliação das propostas de extensão já apresentadas por três países da APLOP (Brasil, Moçambique e Portugal), e tendo em conta a informação preliminar submetida pelos restantes, a área em causa rondará muito provavelmente os 10 milhões de km2”. Números que atestam, “sem qualquer dúvida”, a importância da APLOP, constituída formalmente há pouco mais de ano e meio, a 13 de Maio de 2011, tendo também como anfitrião o Porto de Lisboa. Sublinhando o “júbilo” por ver “o auditório cheio”, sinal de que “o projecto APLOP se vai consolidando a passos largos”, José Luís Cacho, que é também Presidente da Associação dos Portos de Portugal, vislumbra “um imenso espaço de cooperação à nossa frente, de oportunidades que importa agarrar”: “Vemos, com satisfação, a densificação das linhas de navegação regulares que escalam portos do espaço lusófono. O caso mais recente, da ligação marítima regular entre o Ceará e Cabo Verde é disso um exemplo concreto. Procedemos a uma detalhada radiografia do espaço que representamos, através do estudo de mercado apresentado nas suas versões preliminares em Luanda e Maputo, e na sua versão final, no Mindelo, em Novembro de 2001. Tendo por base esse estudo aprofundado, conhecemos hoje as potencialidades e as oportunidades de negócio a serem exploradas internamente pelas economias do espaço lusófono”. É intenção da associação pluricontinental aumentar o fluxo comercial entre os portos associados, criando “uma economia APLOP ligada ao mar”, etapa a encetar concluída que está a fase constitutiva da APLOP: “Passada, com sucesso, a etapa fundacional, importa, a partir de agora, dar novos passos, criando condições para um networking efectivo entre as Comunidades Portuárias e Logísticas dos países que representamos, tendentes a explorar, de forma efectiva, as oportunidades elencadas no estudo referido” – afirmou José Luís Cacho, manifestando em seguida propósitos de abertura da APLOP às empresas que gravitam no universo marítimo-portuário da lusofonia: “Não é, nunca foi intenção do núcleo fundador confinar a APLOP às administrações portuárias. Bem pelo contrário, os estatutos da associação albergam a possibilidade de colaboração de entidades terceiras, designadamente as empresas e instituições que integram as comunidades portuárias dos oito países da APLOP. Tal virtualidade, não muito comum na matriz da maioria das associações que, pela sua natureza específica, se fecham corporativamente, foi já aproveitada por algumas empresas que decidiram associar-se à APLOP”. A associação quer ter no seu seio muito mais empresas, pelo facto de, constata o dirigente associativo, as administrações portuárias não existirem “isoladas, funcionando antes como um elo cooperativo com uma multiplicidade de stakeholders, de empresas que pugnando pelo sucesso dos seus negócios, são fautoras do progresso e bem-estar das comunidades onde se encontram inseridas”. “Queremos contar com o valor acrescentado dessas empresas, para mais facilmente atingirmos as metas preconizadas”, que passam, segundo José Luís Cacho, por “fortalecer o Cluster Portuário dos Portos de Língua Portuguesa, fomentar relações comerciais entre as Comunidades Portuárias da APLOP”. FOTO: Com Positiva - Fotografia e Comunicação Visual, Lda.
|