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Angola 

Investir para além das «províncias da moda» em Angola

O assessor jurídico da Embaixada angolana em Portugal apela aos investidores portugueses em Angola para considerarem as oportunidades, além das "províncias da moda", já que no seu território há muitas regiões a precisar de investimento.

"Angola é um território extenso, existem várias províncias que ainda carecem de muito investimento e podem ser uma oportunidade para as empresas portuguesas", disse Horácio Nascimento, perante dezenas de empresários portugueses numa conferência organizada pela Associação Comercial de Lisboa.

Para o responsável, os empresários portugueses "não podem ficar apenas pelas províncias da moda, Luanda, Benguela e Huambo".

Na conferência sobre "oportunidades de negócio e investimento em Angola", Horácio Nascimento sublinhou também que Angola quer "investidores sérios" que ajudem o país a crescer e não os chamados "empresários de contentor".

Recordando que Angola é já a quinta economia de África e tem registado um crescimento extraordinário do Produto Interno Bruto (PIB), Horácio Nascimento disse que o mercado angolano surge como uma oportunidade, mas exige "muito empenho e até algum sacrifício por parte dos empresários".

"Existe muita burocracia, os custos com a logística são elevados, há escassez de recursos humanos", exemplificou.

Considerou que a polémica em torno da nova lei do investimento privado, que no ano passado causou preocupação entre os empresários portugueses por exigir investimentos de pelo menos um milhão de dólares para se ter acesso aos benefícios previstos na lei, está hoje ultrapassada.