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Segurança marítima off shore: Um novo negócio com vantagens para a economia cabo-verdiana A instalação de empresas de segurança marítima “off shore” em Cabo Verde é um novo ramo de negócios com “ganhos evidentes” para o país. A posição geoestratégica destas ilhas volta, assim, a surgir como um factor económico, agora com a necessidade de garantir a segurança à navegação naval no Atlântico Médio contra a pirataria. A notícia avançada há duas semanas de que o Governo assinou um acordo de prestação de serviços com uma empresa estrangeira no ramo da Segurança Marítima apanhou muita gente de surpresa. A notícia correu mundo, tendo vários media “repescado” o texto do A NAÇÃO. E o motivo não é para menos, tendo em vista os desafios que se colocam hoje em dia à segurança marítima, designadamente no chamado “corredor” do Atlântico, zona na qual se situa Cabo Verde. Segundo uma fonte do Ministério da Defesa, Cabo Verde está a ser procurado por empresas que querem actuar a partir deste arquipélago, cobrindo uma vasta zona marítima que vai até ao Golfo da Guiné. Com isso haverá “ganhos evidentes”, resultantes da intensificação da actividade portuária, bem como de uma maior actividade para as agências de navegação e de viagem. Essas vantagens, a acreditar na nossa fonte, estendem-se à hotelaria, para além da formação no domínio da segurança naval. CAUTELAS Entretanto, atendendo ao facto desse tipo de actividade pressupor o trânsito de armas pelo território nacional, “as devidas cautelas foram equacionadas, devendo essas armas, enquanto tiverem no território nacional, permanecer sob o estrito controlo das Forças Armadas”. No fundo, algo semelhante ao que aconteceu, em 2009, aquando da operação de resgate do navio russo Artic Sea, que levava 15 marinheiros a bordo, que partira da Finlândia, assaltado nas águas da Suécia, acabando por vir parar nas águas de Cabo Verde. Conforme a notícia do A NAÇÃO do passado dia 29, o Governo elaborou e aprovou a legislação necessária para o estabelecimento de empresas de segurança marítima e a viabilização das suas operações. Um primeiro contrato foi já assinado, neste caso com a Cape Verde Maritime Security Service Lda. (CVMSS), para o assessorar e intermediar o executivo no seu relacionamento com todas as empresas privadas do ramo que venham a operar a partir do território nacional. DINÂMICA Trata-se, pois, de um ramo de negócio tido como novo, complexo e no qual nenhuma entidade pública ou privada nacional detém qualquer experiência. “Embora seja um negócio que não exija muitos investimentos, todo e qualquer investimento que se vier a mostrar necessário será suportado pela empresa concessionária”, diz a fonte do A NAÇÃO. Com isso, acredita-se que diversas empresas do ramo deverão instalar-se no País, gerando alguma dinamização marítima, a partir sobretudo do porto de São Vicente. Nalguns casos, os navios poderão nem sequer aportar, podendo receber as equipas de protecção e as armas de que necessitam em alto mar, a partir de Cabo Verde. “Este negócio consiste, essencialmente, em acolher as equipas de protecção, receber as armas, embarcar e desembarcar no navio objecto de protecção estas armas e equipas e monitorar o trajecto das mesmas, daí que a segurança desses navios seja uma segurança ‘off shore’, isto é garantida nas águas internacionais, no alto mar, fora das águas sob jurisdição nacional”, conclui a nossa fonte. VEJA A PRIMEIRA GALERIA DE FOTOS DO VI CONGRESSO DA APLOP
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