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Cabotagem na rede de transportes

O Sector dos Transportes em Angola atravessa uma fase de grande dinamismo, procurando acompanhar o rítmo do crescimento da economia nacional, beneficiando o país e os seus parceiros da África Austral e outros países do Mundo, disse Victor Alexandre Carvalho, director do Instituto Marítimo Portuário de Angola (IMPA).

Ao falar numa recente palestra para apresentar o “Programa da rede de cabotagem marítima e fluvial de Angola”, Victor Carvalho afirmou que este ramo do sector dos transportes vai permitir a movimentação de pessoas e mercadorias, bem como servir de meio alternativo cómodo e rápido, contribuindo para a redução dos índices de sinistralidade.

O projecto avança em várias frentes, sendo uma delas a cabotagem no norte de Angola, onde se conta com uma armação comercial no rio Zaire que assegura o estabelecimento de ligações regulares entre Cabinda e as restantes províncias no norte do país.

“Cabinda passa a ser uma porta de entrada franqueada para o tráfego internacional, onde se implanta uma interoperabilidade que possibilita que as mercadorias circulem em contentores, são transportadas por camião ou por via ferroviária e seguem para o seu destino sem necessidade de transbordo”, referiu o director do IMPA. Victor Carvalho considerou que a perspectiva de desenvolvimento de todo o norte de Angola deve ancorar-se no sector petroquímico e em indústrias e actividades colaterais.

Também, o surgimento de iniciativas em áreas mais tradicionais, como a agricultura, a pecuária, as florestas e a agro-indústria está à vista, como está prevista a reactivação das minas de cobre e ferro de Mavoio, em Maquela do Zombo, o que realça a importância do transporte marítimo para esses sectores.

A cabotagem no norte de Angola pode servir o transporte de carga com uma rede de cinco terminais, quatro dos quais localizados na cidade de Cabinda, Pedra do Feitiço, Nóqui e N’Zeto, aguardando-se a construção de um quinto, no Soyo. Mas o Ministério dos Transportes, através do IMPA, está na fase final do desenvolvimento do projecto de cabotagem de passageiros e mercadorias, com a instalação adicional de dez terminais.

A forte densidade populacional de Luanda, adicionada à fragilidade do sistema de transportes públicos de passageiros gera um grave problema de mobilidade, reconheceu Victor Carvalho, afirmando que a cabotagem Marítima de Luanda pretende ser um contributo para o descongestionamento do trânsito.


O IMPA considera que esse ramo potencializa ligações directas entre áreas urbanas em Luanda, o que constitui uma rápida e cómoda alternativa ao transporte rodoviário, disse o director daqueles serviços.
Victor Carvalho notou que um sistema dessa dimensão contribui para a redução da sinistralidade, além do forte impacto que dá à economia, não só pela diminuição dos tempos de viagem, mas também pelos mais de 1.400 postos de trabalho directos e indirectos.
O sistema pode dinamizar a actividade económica, o turismo e lazer, estando previsto que vai chegar numa primeira fase ao norte e ao sul de Luanda, como é o caso do Museu da Escravatura, Mussulo, Benfica, Chicala, Porto de Luanda, Cacuaco e Panguila.

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