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Corredor de Desenvolvimento do Norte deixa gestão do Porto de Nacala Não se sabe ainda quanto custa a operação, mas a ideia é colocar o Porto de Nacala nos níveis internacionalmente aceites de prestação de serviços aos utilizadores. O Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) vai deixar de gerir o porto de Nacala ainda este ano. Com efeito, a recém- criada empresa Portos do Norte passará a gerir a principal infra-estrutura portuária, nos próximos dias. O director-geral do CDN, Fernando Couto, revelou que todos os processos burocráticos relacionados com a transferência de gestão do porto de Nacala já estão, praticamente, assegurados, tendo evitado falar dos valores envolvidos na transferência da gestão. “Os valores envolvidos, é como se costuma dizer, o segredo é a alma do negócio, não posso revelar, mas sim dizer que se trata de milhões de dólares”, disse o gestor. A empresa Portos do Norte é constituída por capitais moçambicanos, resultantes da união de seis empresas nacionais, sendo que a companhia Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), controlada pelo Estado moçambicano, é a accionista maioritária. Este é o fim dum casamento que durou pouco mais de oito anos entre o porto de Nacala e o CDN no que diz respeito à gestão de serviços da infra-estrutura. Refira-se que o CDN é uma empresa maioritariamente controlada por capitais estrangeiros. O CDN deixa a partir deste ano (não se sabe quando efectivamente) de operar no porto internacional de Nacala, uma das maiores infra-estruturas portuária do país, e passa a dedicar-se, exclusivamente, à área ferroviária e outros serviços de assistência e manutenção, como é caso de reboque e cabotagem. Todas as operações em terra serão levadas a cabo pela Portos de Nacala. MÃO-DE-OBRA ESTRANGEIRA EM FRENTE DO PORTO DE NACALA Fernando Couto fez saber que, numa primeira fase, a mão-de-obra estrangeira irá assegurar o início das actividades da empresa Portos de Norte, na gestão da Portos de Nacala. Isto até à formação e capacitação dos moçambicanos, que passarão a fazer parte da empresa e que no futuro irão assegurar o pleno funcionamento da empresa, que irá assegura o armazenamento de carga diversa. Actualmente, a qualidade de prestação de serviços no Porto de Nacala deixa muito a desejar e a desorganização tomou conta do estabelecimento, agravada pela falta de equipamentos para levar a cabo as operações portuárias. “É difícil estar pior do que estamos”, assumiu Fernando Couto. Ao passar-se a gestão para a empresa Portos do Norte, visa-se criar grandes melhorias na prestação dos serviços aos utilizadores deste que é um dos mais importantes portos do país. Num outro desenvolvimento, Fernando Couto deixou que a transferência de gestão do Porto de Nacala visa salvaguardar os interesses económicos daquela infra-estrutura, resultantes da crise que assolou a infra-estrutura, nos últimos anos. A transferência de gestão no Porto de Nacala visa, por outro lado, dar resposta à demanda pelos serviços prestados, no contexto em que se deve servir os interesses do carvão mineral de Tete, o gás que sairá da Bacia do Rovuma e os países do interland.
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