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Grupo brasileiro desiste da privatização dos Estaleiros de Viana do Castelo

A empresa brasileira Rio Nave desistiu do processo de privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), depois de a operação ter sido alvo de pedidos de esclarecimento da Comissão Europeia ao Governo português por dúvidas na atribuição de apoios estatais de 180 milhões de euros.

A Rio Nave decidiu "não manter" a sua proposta de aquisição da ENVC face à indefinição da operação, segundo uma fonte do Governo luso citada pela imprensa portuguesa.

Devido à demora na apreciação do dossiê por parte da Comissão, o Governo português envia esta terça-feira a Bruxelas uma equipa de elementos do Ministério das Finanças e do Ministério da Defesa para manifestar a necessidade de que o processo avance rapidamente.

Com a Rio Nave de fora, a privatização da ENVC passa a contar com um único interessado, a empresa russa RSI Trading. No início, a operação de alienação dos estaleiros pelo Estado português chegou a contar com quatro interessados.

Controlada pelo grupo Estai, a Rio Nave é uma empresa de construção naval do Rio de Janeiro, ocupando um espaço de 150 mil metros quadrados e dando emprego a 1.500 pessoas.

A privatização da ENVC faz parte do programa luso de privatizações, que já vendeu a maior parte das posições do Estado na EDP e na REN. Na venda da EDP a brasileira Eletrobras chegou a fazer uma oferta de aquisição, mas a proposta escolhida foi a da China Three Gorges. Também na privatização da ANA chegou a haver interesse brasileiro, mas o Governo optou por alienar a concessionária de aeroportos ao grupo francês Vinci.

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