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Cabo Verde 

Rota marítima Cabo Verde-Brasil volta ŕ ordem do dia

Uma comitiva de empresários cabo-verdianos está no Ceará para discutir oportunidades de negócios. Segunda-feira houve uma visita ao Porto do Mucuripe com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Para os investidores cabo-verdianos (José Mário Lopes, Orlando Correia Timas, Braz de Andrade e Rafael Vasconcelos) e brasileiros, a expectativa é de que ainda este ano seja viabilizada uma nova rota comercial que fará do País africano um "hub" de distribuição do Brasil para a África e a Europa.

O objectivo é reduzir o custo logístico e diminuir o tempo de entrega da mercadoria dos actuais 35 ou 40 dias para 5 ou 7 dias. Além da rota directa, foi realizado um acordo entre o Porto do Mucuripe e os portos africanos para reduzir taxas e aumentar o free time, tempo necessário para que as várias indústrias descarreguem os produtos até à chegada do navio. Esse compromisso foi já assinado no ano passado.

Os empresários africanos disseram ao Povo online que esperam que os preços igualem os do frete da Europa, que é metade do praticado no Brasil. “O preço brasileiro é mais baixo que o preço europeu, mas o frete europeu é mais barato. Ás vezes a diferença, não cobre o preço mais baixo. O que interessa é o valor final”, disse Orlando Correia Timas da companhia Irmãos Correia Ltda.

Com preços menores, o Brasil será grande parceiro de Cabo Verde. “O Brasil tem de tudo, inclusive de tecnologia que Portugal não tem. Havendo essa linha regular, os dois países vão ter vantagens”, disse o empresário cabo-verdiano Braz de Andrade.

Pretende-se também que a relação comercial entre Ceará e Cabo Verde supere a que havia antes da crise económica de 2008. O volume de negócios poderá duplicar, afirmaram os empresários cabo-verdianos ao mesmo jornal online.

O navio utilizado inicialmente deve ter capacidade de 150 a 200 TEUs mensais [TEU é a unidade de medida que se utiliza para a carga de contentores (em inglês: twenty feet equivalent unit)].

Interessados nas novas comercializações há, pelo menos, 30 empresários cearenses e 15 de Cabo Verde. As negociações começaram em Novembro de 2011, na Feira Internacional de Cabo Verde (FIC).

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