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Moçambique 
TETE, MOÇAMBIQUE

Vale reduz estimativa para carvão em 30%

A mineradora Vale Moçambique cortou a sua estimativa de exportações de carvão de Tete em 2013 em quase um terço, disse um representante da empresa, após as inundações terem fechado temporariamente a ferrovia que liga Moatize até ao porto da Beira no Oceano Índico.

A empresa aespera agora exportações de 3,4 milhões de toneladas no ano, ante a previsão anterior de 4,9 milhões de toneladas, disse o director de operações de carvão da Vale em Moçambique, Altiberto Brandão, a jornalistas enquanto visitava a mina de Moatize.

A linha férrea de Sena, que liga a região de Tete, rica em carvão, ao litoral, foi fechada por duas semanas em fevereiro, obrigando a Vale a declarar força maior numa série de contratos de embarque de carvão.

"A linha foi completamente paralisada", disse Brandão.

A paralisação foi mais um golpe para a Vale, que já está a lutar contra os gargalos de infraestrutura em Moçambique, que abriga vastas reservas de carvão de coque, matéria-prima do aço.

A mineradora começou a exportar carvão de Moatize em 2011, mas foi forçada a cortar a sua produção e metas de exportação quase que pela metade no ano passado devido a limitações de infraestruturas.

Brandão também disse que a produção de carvão de Moatize é estimada em 6,4 milhões de toneladas para o próximo ano, subindo para 9,2 milhões um ano depois.

A Vale está a investir na expansão da capacidade anual da mina para 11 milhões de toneladas, e planeia dobrar isso até 2018, disse Brandão.

A expansão para 22 milhões de toneladas depende de 4,4 bilhões dólares investidos pela Vale na recuperação do Corredor de Nacala, no norte do país, que inclui a reparação de uma linha ferroviária no Malawi para os porto de águas profundas de Nacala.

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