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FMI revê em baixa crescimento africano

O FUNDO Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a previsão de crescimento para a África subsahariana, em 0,7 e 0,1 pontos neste e no próximo ano, estimando agora crescimentos de 5 por cento e 6 por cento em 2013 e 2014.

De acordo com o 'Regional Economic Outlook' para esta região, "o crescimento económico deve permanecer robusto, apoiado pelos contínuos investimentos em infra-estruturas e na capacidade produtiva", mas mais lento que na previsão de Maio.

Os técnicos do Fundo admitem que "o panorama não é tão forte como aquele que foi descrito na edição de Maio deste ano deste relatório, o que reflecte, em parte, um ambiente económico externo mais adverso - caracterizado pelos crescentes custos de financiamento, economias emergentes menos dinâmicas, e preços de matérias-primas menos favoráveis, mas também vários factores domésticos".

Segundo o relatório, "o principal factor por trás da tendência de crescimento na maior parte da região é, como nos anos anteriores, uma procura interna forte, especialmente associada ao investimento em infra-estruturas e à capacidade exportadora em muitos países".

Sobre a aceleração de 5 por cento para 6 por cento no próximo ano, o FMI afirma que isso se deve à melhoria da economia mundial.

"O melhoramento relativamente a 2013 reflecte um crescimento global mais elevado - especialmente na Europa - e outras condições internas mais favoráveis", escrevem os autores, exemplificando com o avanço nas reformas do sector eléctrico e do aumento da produção de petróleo na Nigéria, o maior produtor africano.

As previsões de crescimento económico para os dois maiores países lusófonos (Angola e Moçambique) mantêm-se inalteradas: o FMI espera que Angola cresça 5,6 por cento e 6,3 por cento neste e no próximo ano, e antecipam que Moçambique vai crescer 7 por cento este ano, acelerando para os 8,5 por cento em 2014.

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